Tragédia

Mais de cem migrantes morrem na costa da Somália

Embarcação foi encontrada há dois dias; migrantes seguiam em direção ao Iêmen e países ricos do Golfo

Rádio Vaticano

O drama das mortes de migrantes no mar não atinge só o Mediterrâneo. São mais de cem as pessoas afogadas na costa do norte da Somália, que partiram do Chifre da África em direção do Iêmen e de países ricos do Golfo. Uma rota percorrida anualmente por milhares de pessoas e muitas vezes esquecida pela mídia internacional.

A embarcação foi encontrada dois dias atrás pela Guarda Costeira da região separatista da Somalilândia, no norte do país. Tinha deixado há duas semanas o porto de Bosaso em direção de um ponto não especificado da Península Arábica. A bordo dezenas de pessoas, etíopes e somalis, que estavam tentando fugir de seus países, dilacerados por conflitos e crise econômica.

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Assim que chegaram até a embarcação, que naufragou devido a um problema mecânico, os socorristas encontraram uma dezena de pessoas mortas e mais de 70 sobreviventes, alguns em estado grave. Um balanço agravado pela trágica descoberta nas praias vizinhas de outros 96 corpos, levados para a costa pela maré.

As autoridades da Somalilândia, entidade não reconhecida pela comunidade internacional, encontraram três membros da tripulação, que foram presos quando tentavam fugir para as montanhas próximas. São milhares os imigrantes que morrem a cada ano nas águas do Golfo de Aden e do Mar Vermelho em busca de trabalho nos países do Golfo Pérsico, uma rota paralela à do Mediterrâneo e também muito perigosa.

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