Mandado internacional

Juíza emite ordem de prisão contra líder separatista catalão

Ordem de prisão chegou traduzida à Bélgica, onde Carles Puigdemont se autoexilou, e será examinada neste sábado, 4

Da redação, com ANSA

Carles Puigdmont, presidente destituído da Catalunha /Foto: Reprodução Reuters

A juíza espanhola Cármen Lamela, da Audiência Nacional, tribunal sediado em Madri, emitiu no final da tarde desta sexta-feira, 3, um mandado internacional de prisão contra o ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont e quatro membros do governo destituído que estão com ele em Bruxelas, na Bélgica. A ordem de prisão chegou à Bélgica traduzida e será examinada neste sábado, 4.

Os cinco catalães não cumpriram uma ordem judicial para comparecer à corte na última quinta-feira, 2, e são acusados de rebelião, sedição, prevaricação e desobediência devido à declaração unilateral de independência aprovada pelo Parlamento da comunidade autônoma no fim de outubro.

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Além de Puigdemont, os mandados de prisão atingem Toni Comín, Clara Ponsatí, Lluís Puig e Meritxell Serret. A ordem de captura internacional foi enviada à Procuradoria Federal da Bélgica, onde se encontram os cinco políticos. Antes disso, Lamela já havia determinado a prisão preventiva de oito dirigentes catalães que permaneceram na Espanha. A detenção de Puigdemont e de seus quatro ex-secretários ficará à cargo das autoridades belgas.

Em entrevista a uma emissora pública local, o ex-presidente da Catalunha chegou a dizer que está disposto a se entregar à Justiça da Bélgica, mas não à da Espanha. Além disso, no início da semana, negou que pretenda pedir asilo político a Bruxelas. Puigdemont também quer se candidatar nas eleições regionais marcadas para 21 de dezembro, ainda que continue na Bélgica. “Posso fazer campanha de qualquer lugar, visto que vivemos em uma sociedade globalizada”, disse.

 

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