Medidas de segurança

Igreja no Paquistão pede maior proteção para as minorias

Após atentado que matou 45 pessoas da minoria xiita ismaelita, Igreja no Paquistão pede mais medidas para proteger as minorias

Da Redação, com Rádio Vaticano 

A Igreja no Paquistão, por meio das comissões de Justiça e Paz e para os Direitos Humanos, pediu maior proteção para as minorias. O pedido foi apresentado após o assassinato de 45 expoentes da minoria xiita ismaelita em um atentado contra um ônibus em Karachi, na semana passada. Vários grupos sunitas, entre eles o Estado Islâmico, reivindicaram o atentado.

Em todo o mundo, há 15 milhões de ismaelitas, sendo que 500 mil vivem no Paquistão. Em uma declaração conjunta de condenação ao ataque, o arcebispo de karachi, Dom Joseph Coutts, e o diretor da Comissão nacional de justiça e paz, padre Diego Saleh, afirmaram que é inaceitável o assassinato de pessoas inocentes baseado na fé.

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“Pedimos aos governos, tanto federal quanto às administrações provinciais, que adotem medidas sérias e eficazes a fim de prevenir tais atrocidades e aumentar a segurança para todas as minorias”, disse padre Saleh.

O sacerdote acrescentou ainda que é preciso elevar a voz contra as atrocidades cometidas por milicianos no Paquistão. “Juntos, queremos dar uma mensagem aos militantes de que somos todos paquistaneses e que nenhuma força, nenhum líder religioso e nenhum governo pode nos dividir”.

Ativista em prol dos direitos das mulheres e diretor da Fundação Aurat, Mehnaz ur Rehman destacou que, independente da religião, é preciso que haja um combate conjunto por um Paquistão sem o terror.

“Como podemos permitir a estes grupos difundir o ódio e chamar outros grupos de apóstatas e infiéis”?, questionou Rehman, citando os relatórios das agências de segurança que reportam como indivíduos da Universidade internacional islâmica, em Islamabad, caíram em forma de extremismo violento.

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