Os 21 cristãos coptas foram decapitados, em fevereiro deste ano, por militantes do Estado Islâmico em uma praia da Líbia. Eles são considerados mártires pela Igreja do Egito
Da redação, com Rádio Vaticano
Uma igreja dedicada aos 21 cristãos coptas decapitados pelo EI, em fevereiro, numa praia da Líbia, está sendo construída no Egito na Diocese da Igreja Copta Ortodoxa de Samalut. Os trabalhos foram autorizados pelo Presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi.
“Estamos muito orgulhosos de nossos mártires”, afirmou o Bispo Paphnutius, de Samalut. “Não obstante tenham tido que se ajoelhar diante de seus algozes, eles eram os mais fortes. Os seus assassinos eram os mais fracos, não obstante as armas. Se não fosse assim, por que esconderiam os rostos? O fizeram somente, porque tinham medo. Os nossos filhos, diferentemente deles, eram muito fortes e entregaram-se ao Senhor até o último respiro”.
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O religioso continuou afirmando que “a igreja sempre soube que o sangue dos mártires é semente de fé. Será assim até o final dos tempos. De Alexandria a Aswan, através de todo o Egito, os cristãos viram reforçada a sua fé. Os muçulmanos de todo o mundo nos disseram que estavam orgulhosos, disseram-nos que os nossos mártires demonstraram que nós, egípcios, somos muito fortes. A morte deles encheu a todos nós, cristãos e muçulmanos, de orgulho”.
Em 15 de fevereiro o Estado Islâmico difundiu, no Twitter, um vídeo da decapitação dos 21 egípcios coptas sequestrados na Líbia entre dezembro e janeiro. As vítimas foram obrigadas a vestir um macacão alaranjado, o qual recorda os prisioneiros de Guantânamo. No dia seguinte, a decapitação, a aviação militar egípcia respondeu bombardeando objetivos do EI na Líbia.
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