Uma delegação da Santa Sé participa da Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, que discute a recente epidemia de ebola
Da redação, com Rádio Vaticano
A recente epidemia de ebola foi o tema escolhido para a 68ª Assembleia Mundial da Saúde, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O evento acontece em Genebra (Suíça) e reúne diversos países, entre eles o Estado do Vaticano, representado pelo presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, dom Zygmunt Zimowski, dirigente da delegação da Santa Sé.
O arcebispo discursou na Assembleia nesta quarta-feira, 20, e destacou que o ebola despertou a sociedade para a necessidade de criar sistemas de saúde fortes, pois “eles são essenciais para dar uma cobertura universal no campo da saúde e combater os foco da doença”.
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Para dom Zimowski, a maior parte dos países com baixa renda, que ainda são atingidos por doenças infecciosas e por epidemias, dispõem de sistemas de saúde muito frágeis que precisam de ajuda para responderem às necessidades de saúde de cada população.
“Os investimentos no campo da saúde devem se tornar uma prioridade para o bem da saúde pública e isso requer um compromisso da parte dos governos e doadores internacionais”, afirmou.
A delegação da Santa Sé apontou ainda a necessidade urgente de reduzir a distância entre áreas rurais e urbanas na Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, e satisfazer as necessidades das populações rurais desfavorecidas, marginalizadas e vulneráveis.
O último relatório da Organização Internacional do Trabalho sobre as desigualdades em matéria de proteção da saúde rural, revela que mais da metade da população rural no mundo não tem acesso à assistência médica. “Isso mostra que em 2015 estamos ainda distantes de uma cobertura universal”, sublinhou.
Segundo o arcebispo, em muitos países a Igreja Católica é um dos parceiros principais do Estado no fornecimento de assistência médica de base às populações remotas, através de suas 110 mil instituições de saúde e assistenciais espalhadas pelo mundo.
Dom Zimowski lembrou, por fim, as vítimas do vírus ebola na Guiné, Libéria e Serra Leoa e os muitos agentes de saúde que morreram dando assistência às pessoas afetadas pela doença.
A 68ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, acontece até o próximo dia 26.