Na coletiva de hoje, jornalistas receberam os relatórios dos círculos menores lidos na Sala do Sínodo nesta manhã
Jéssica Marçal
Da Redação
Os círculos menores apresentaram nesta sexta-feira, 9, seus primeiros relatórios, informou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, em coletiva de imprensa. Os textos lidos hoje de manhã na Assembleia foram entregues aos jornalistas.
Os relatórios apresentados hoje contêm propostas concretas em breves textos. É uma espécie de aplicação do Documento de Trabalho, cuja primeira parte foi o alvo de estudo desta primeira semana de Sínodo.
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Além da entrega do relatório, padre Lombardi comentou a intervenção do Papa Francisco na assembleia desta manhã. Antes da oração que deu início aos trabalhos da quarta Congregação Geral do Sínodo, o Santo Padre renovou o apelo pela paz e reconciliação na África e no Oriente Médio.
Padre Lombardi informou que, após a leitura dos textos, os padres sinodais (aquele que participam do Sínodo) começaram uma série de intervenções sobre a segunda parte do Documento de Trabalho. Esse é um assunto, porém, que só será abordado na coletiva de amanhã, somado às discussões de hoje à tarde, já que o que foi discutido até agora é muito pouco para ser passado à imprensa.
Conversaram com os jornalistas nesta manhã o arcebispo de Manila (Filipinas), Cardeal Luis Antônio Tagle; o presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Dom Joseph E. Kurtz; e o arcebispo de Madri (Espanha), Dom Carlos Osoro Sierra.
Cardeal Tagle já participou de seis Sínodo e contou sua experiência nessa fase de círculos menores: “temos uma visão mais geral sobre o que os padres sinodais, auditores, especialistas e delegados fraternos têm a dizer sobre o tema. (…) Os relatos mostram a liberdade, respeito e o amor pela família e pela Igreja”.
Tal riqueza também foi comentada por Dom Kurtz. “É clara a riqueza de estar em uma sala em diálogo com pessoas de várias partes do mundo. Há um forte sentimento de unidade”.
Dom Osoro aproveitou o momento da coletiva para reafirmar a visão que o Sínodo tem manifestado sobre a família. “Os padres têm um desejo imenso de poder mostrar ao mundo que a estrutura originária da sociedade é a família”. Ele mesmo testemunhou aos jornalistas a importância da família em sua vida. “O melhor da minha vida aprendi em minha família, uma família simples: saber querer, respeitar, acreditar e respeitar os mais velhos (…) A família não é uma realidade privada, é um tema que nos transcende e pertence, no fundo, a todos nós”.
E sobre o andamento dos trabalhos sinodais, que seguem até 25 de outubro, Dom Kurtz destacou o empenho dos padres sinodais, sempre com abertura à ação do Espírito Santo. “Estamos participando, propondo as nossas melhores emendas, estamos abertos ao Espírito Santo, fundados na doutrina da Igreja”