Em Roma

Casal brasileiro relata experiência no Sínodo

Ketty e Pedro, de Campinas (SP), afirmam que a experiência é enriquecedora, pois percebem no Sínodo, mesmo em meio à diversidade, uma concordância de objetivos

Da Redação, com Rádio Vaticano

Entre os casais que participam do Sínodo sobre a Família como auditores, estão os brasileiros Ketty Abaroa de Rezende e Pedro Jussieu de Rezende, ambos docentes da Universidade Estadual de Campinas (SP).

Além de seu empenho acadêmico, o casal faz pastoral familiar extra paroquial, acompanhando famílias por meio de seminários e palestras. Em entrevista à Rádio Vaticano, Ketty e Pedro falaram sobre a experiência de participar do Sínodo.

“É  extremamente enriquecedor, pois mostra a colegialidade de todo o episcopado, a universalidade da nossa Igreja, e que nós podemos estar muito seguros. Estamos nas mãos do Papa, a doutrina não muda, mas mudam as formas de comunicar, de chegar às pessoas, chegar de uma forma mais efetiva, mais frutífera”, afirma Ketty.

Ela pede orações aos brasileiros para que o Espírito Santo seja presente no coração e na mente de todos participantes.

O casal recebeu o convite para participar do Sínodo por meio da Nunciatura Apostólica devido ao trabalho que realizam com os casais.

“É uma experiência acumulada de muitos anos e nós vemos os frutos disso em todas as partes onde já estivemos, em várias cidades do Brasil e fora dele: Montreal, Moscou e Estocolmo. E a experiência, como disse Ketty, é extremamente enriquecedora. O que se percebe é que a Igreja é tão rica, não existe divisão, há uma concordância de objetivos. Às vezes, há algumas diferenças de visão, mas todas elas convergindo para que a família se fortaleça como resultado das recomendações que este Sínodo dará ao Santo Padre.”

Pedro testemunha que um dos grandes desafios que as famílias enfrentam é a dificuldade da comunicação no matrimônio. “É um dos temas mais procurados pelas pessoas,” destaca.

Outra dificuldade apresentada por ele é que, diante da correria e das atividades diárias, grande parte das famílias não convivem com os avós.

“A família nuclear não está inserida como em gerações passadas com a família estendida, isso dificulta a relação entre gerações e não dá a oportunidade de se passar valores cristãos e a própria fé”.

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