China

Expansão da economia chinesa em 2015 foi a mais fraca em 25 anos

Crescimento do PIB na China desacelerou e é o mais fraco de expansão desde o primeiro trimestre de 2009

Reuters

O crescimento econômico da China desacelerou no quarto trimestre para o ritmo mais fraco desde a crise financeira, ampliando a pressão sobre um governo que já luta para restaurar a confiança dos investidores após a percepção de passos errados ter afetado os mercados globais.

As preocupações com a capacidade em torno das políticas da China atingiram o topo da lista de riscos dos investidores globais para 2016 após nova queda nos mercados acionários e no iuan ter provocado temores de que a economia pode estar se deteriorando rapidamente.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) desacelerou como esperado a 6,8% ante o ano anterior, contra 6,9% no terceiro trimestre, no ritmo mais fraco de expansão desde o primeiro trimestre de 2009.

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A expansão em 2015 como um todo de 6,9%, invejável pelo padrões ocidentais, foi a mais fraca para a China em 25 anos.

Outros dados nesta terça-feira sugeriram que a segunda maior economia do mundo perdeu mais força em dezembro, afetando as esperanças de que uma série de medidas de estímulo do governo adotadas ao longo de um ano estariam finalmente fazendo efeito.

Mas dito isso, não havia sinais do derretimento que alguns operadores temiam.

Crise no mercado imobiliário

Zhang Yiping, economista do China Merchants Securities, disse que o mercado imobiliário é o principal culpado pelas dificuldades da China em melhorar o desempenho.

“A política para impulsionar o setor imobiliário conduzida em 2015 ainda não teve efeito. Vejo mais riscos para o crescimento econômico da China em 2016”, afirmou.

O investimento em propriedades subiu apenas 1%, uma mínima em quase 7 anos, enquanto as novas construções despencaram 14%.

A agência de estatísticas da China afirmou em entrevista à imprensa que o crescimento de 2015 foi “duramente conquistado”, acrescentando que o ajuste estrutural da economia do país está em uma fase crucial.

Mesmo que Pequim aumente os gastos e corte a taxa de juros de novo como esperado, analistas estimam que o crescimento vai desacelerar neste ano para 6,5%.

Dados setoriais

Na comparação trimestral, o crescimento econômico caiu para 1,6% no quarto trimestre ante 1,8% no terceiro.

A produção industrial subiu 5,9% em dezembro ante o ano anterior, contra expectativa de 6,0% e os 6,2% de novembro.

Já o aumento das vendas no varejo desacelerou a 11,1% em dezembro, menos do que a alta de 11,3% esperada pelo mercado e 11,2% em novembro.

Já o crescimento dos investimentos em ativos fixos foi de 10,0% em 2015 ante o ano anterior, também abaixo da expectativa do mercado.

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