Secretário-geral da ONU esteve com o presidente da Palestina e segue para a Jordânia; situação continua tensa na região
Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano
Hoje será um dia crucial para a diplomacia que tenta resolver as tensões na Terra Santa. Até agora, já são mais de 50 vítimas que se somam ao último episódio desta manhã, quando uma soldado israelense foi apunhalada e o seu agressor palestino foi morto atingido por um tiro.
Ao encontrar o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, se disse disponível a negociações de paz, reafirmou a necessidade de uma proteção internacional palestina, mas tornou a acusar Israel de querer mudar o status quo da Esplanada das Mesquitas.
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Hoje à noite Ban Ki-moon falará ao Conselho de Segurança da ONU através de uma videoconferência antes de voar para a Jordânia. Também se espera êxito do encontro, na Alemanha, entre o primeiro-ministro israelense, Benjamyn Netanyahu, e a chanceler alemã Angela Merkel.
A professora de História das Relações Internacionais e de História de Israel Moderno, Maria Grazia Enardu, da Universidade de Florença (Itália), comentou que os atores internacionais que podem agir nesse caso são dois: ONU e Alemanha.
“A ONU entendida como organização e também como possibilidade de que os americanos mudem a atitude na sede do Conselho de Segurança, isso é, deixem de vetar as resoluções que eles consideram contra Israel; o segundo sujeito é, em particular, a Alemanha, seja porque ela tem uma forte ligação com Israel, que, porém, se tornou mais crítica nos últimos anos, seja porque se a Alemanha se move em um certo sentido, o resto da Europa, que já é crítico verso a Israel, a seguiria sem problemas”.