Terra Santa

Em mensagem de Natal, Patriarca pede fim do comércio de armas

Patriarca Latino de Jerusalém divulgou mensagem para o Natal na Terra Santa pedindo solidariedade e fim do comércio de armas

Da Redação, com Rádio Vaticano

Patriarca Fouad Twal, que pede o fim do comércio de armas / Foto: Arquivo - Reprodução CTV

Patriarca Fouad Twal, que pede o fim do comércio de armas / Foto: Arquivo – Reprodução CTV

“Aos líderes israelenses e palestinos dizemos que é o momento de dar prova de coragem e de trabalhar por uma paz estável baseada na justiça. Basta de adiar”. O tema da paz e o respeito pelas resoluções internacionais pela região pautaram a mensagem de Natal do Patriarca Latino de Jerusalém, Fouad Twal. O líder cristão lança um apelo para que sejam ouvidas as vozes dos israelenses e dos palestinos que desejam a paz e que se realizem ações concretas no interesse deles.

“Cada um dos dois povos da Terra Santa tem o direito à dignidade, a um Estado independente e a uma segurança duradoura”, acrescenta o Patriarca, que apresentou a mensagem à imprensa nesta quarta-feira, 16, sem esquecer as recentes vítimas do terrorismo e o clima de medo difundido por tudo, sobretudo pelos atentados realizados na Europa, nos Estados Unidos e na Turquia.

Pelo fim do comércio de armas

Sobre os conflitos no Oriente Médio, o Patriarca Twal disse que se trata de “terríveis guerras…alimentadas pelo comércio de armas, que envolve numerosas potências internacionais”. Segundo ele, é um absurdo, porque de um lado se fala de diálogo, de justiça e de paz e se promove, por outro, a venda de armas aos beligerantes.

“Nós dizemos para estes traficantes de armas sem escrúpulos e sem consciência: convertei-vos! A responsabilidade de vocês nesta tragédia é grande e vocês deverão responder diante de Deus pelo sangue de vossos irmãos”.

Lutar contra a pobreza e a injustiça sem o uso de forças militares

Para o Patriarca Latino de Jerusalém, a resposta militar e o uso da força não podem resolver os problemas da humanidade. É necessário encontrar quais são as causas e as raízes deste flagelo, e enfrentá-las e lutar contra a pobreza e a injustiça, que são um terreno favorável ao terrorismo. A resposta da Igreja, nesse sentido, é o Jubileu da Misericórdia.

“Quando a misericórdia se torna um componente da ação pública, então consegue conduzir o mundo da esfera dos interesses egoístas àquele dos valores humanos”, explicou Dom Twal, que define a misericórdia como “um ato político por excelência, na condição de considerar a política no seu sentido mais nobre, isto é, assumir a família humana a partir dos valores étnicos, dos quais a misericórdia é uma componente fundamental, que se opõe à violência, à opressão, à injustiça e ao espírito de exploração”.

Sobriedade nas celebrações e solidariedade pelas vítimas do terrorismo

Por fim, sobre os festejos pelo Natal na Terra Santa, o Patriarca Twal especificou que a situação atual sugere limitar os aspectos mais ostentosos das celebrações em favor de um aprofundamento de seu significado espiritual. Neste sentido, cada paróquia é convidada “a apagar por cinco minutos as luzes da árvore de Natal, em sinal de solidariedade com todas as vítimas da violência e do terrorismo” e a oferecer a Missa de Natal pelas vítimas e as suas famílias.

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