Bispo brasileiro enfatiza que o Sínodo não se debruça sobre um ponto ou outro, mas abre um grande leque para compreender as realidades das famílias hoje
Da Redação, com informações da Rádio Vaticano
Tem participação brasileira no Sínodo da Família em curso no Vaticano. O arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, é um dos membros da assembleia sinodal que discute a temática da família. Para o bispo, o Sínodo abre um leque grande para que se compreenda a complexidade do momento atual vivido pelas famílias.
O Sínodo começou no último domingo, 4, e reúne bispos, padres e leigos de diversas partes do mundo, colocando em debate diferentes realidades familiares. E essa variedade de situações com a qual a família se depara – diversidade cultural, social, política e religiosa – vai confirmando, segundo Dom Geraldo, o tema deste Sínodo: “ A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.
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Dom Geraldo comentou que alguns setores de comunicação colocam o Sínodo como um evento que vai se debruçar apenas sobre um ou outro aspecto, mas existe uma variedade temática, embora haja questões pertinentes que precisem ser acompanhadas de perto.
“O Sínodo não se prende a esta ou aquela questão, se coloca diante de um leque que vai se abrindo cada vez mais para compreendermos a complexidade do momento atual em que a família se encontra. E é neste contexto que a Igreja busca trazer uma palavra de esperança, de conforto e de iluminação e é o que estamos buscando com muita intensidade”.
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Sobre a contribuição do Brasil no Sínodo, Dom Geraldo disse que ela se soma a dos outros países latino-americanos, tendo como aspecto comum o Documento de Aparecida. “É muito interessante que os bispos latino-americanos, quando falam, em geral se reportam ao Documento de Aparecida e isso me chama a atenção: como este documento é efetivamente uma referência para a CNBB, para a Igreja o Brasil, para as outras conferências e igrejas nos outros países da América latina”.
E embora seja cedo para falar em conclusões, uma vez que esta virá com a Exortação Apostólica pós-sinodal a ser escrita pelo Papa, Dom Geraldo adianta que o resultado virá com muita clareza, pois ao mesmo tempo em que a Igreja procura se manter fiel à doutrina de sempre, ancorada na Palavra de Deus e no Magistério da Igreja, ela se mostra muito sensível e aberta às situações concretas que a família vive hoje. “Então eu diria assim: nós estamos olhando para a afrente sem perder o referencial doutrinal que nos vem da longa história da Igreja e, sobretudo, da Palavra de Deus”.