Palavra de Deus

Deus se revela a nós através da Bíblia, explica o Papa

O Papa Bento XVI enviou, nesta quinta-feira, 5, uma mensagem ao presidente da Pontifícia Comissão Bíblica, Cardeal William Levada. O motivo é a Assembleia Anual Plenária da Comissão que este ano traz o tema “Inspiração e Verdade da Bíblia”.

Segundo Bento XVI, este tema constitui um dos pontos principais destacados nas primeiras páginas de sua exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini. Bento XVI escreveu que “um conceito chave para que os homens possam entender o texto sagrado como Palavra de Deus é a inspiração”.

"Uma interpretação dos escritos sagrados que ignora ou esquece sua inspiração não tem em conta sua característica mais importante e valiosa; sua proveniência de Deus", prossegue.

Bento XVI recorda que na mesma exortação apostólica "os Padres sinodais destacaram a conexão entre o tema da inspiração e o da verdade das Escrituras. Por isso, o aprofundamento no processo da inspiração levará também, sem dúvida, a uma maior compreensão da verdade contida nos livros sagrados".

"Mediante sua Palavra, Deus dirige sua Palavra a nós para revelar Ele mesmo e fazer conhecer o mistério da sua vontade. Por meio de sua Palavra, Deus quer nos comunicar toda a verdade sobre Ele mesmo e seu projeto para salvar a humanidade. O empenho de descobrir sempre mais sobre a verdade dos livros Sagrados equivale a procurar conhecer melhor Deus e o mistério de sua vontade”, destacou o Papa.

O Santo Padre ressalta também que "é essencial e vital para a vida e a missão da Igreja que os textos sagrados se interpretem de acordo com sua natureza: a inspiração e a verdade são os aspectos constitutivos desta natureza".

Assim, Bento XVI assegura que os esforços dos membros da Comissão neste campo "terão uma verdadeira utilidade para a vida e a missão da Igreja".

"Em uma boa hermenêutica não se pode aplicar mecanicamente o critério da inspiração, assim como o da verdade absoluta, extrapolando uma frase ou uma expressão", diz o Papa.

Finalmente o Santo Padre indicou que "o plano no qual é possível perceber as Sagradas Escrituras como Palavra de Deus é o da unidade da história de Deus, em uma totalidade em que os elementos se iluminam reciprocamente e são abertos à compreensão".

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