Iraque

"Cristãos temem ser atacados", denuncia patriarca caldeu

O patriarca da Igreja Caldeia, Dom Louis Sako, denunciou que a comunidade cristã no Iraque vive num clima de “tensão e insegurança” com medo de ser atacada e destaca que é necessária “ajuda urgente”.

“A situação deteriorou-se, há falta de segurança. Morrem pessoas em explosões, as casas são destruídas. Mesmo que este seja um conflito entre sunitas e xiitas, os cristãos temem ser atacados. Alguns deixaram o país, outros ficam e estão à espera”, explicou à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

"Os Estados ocidentais não devem encorajar os cristãos a abandonar a região. Em vez disso, podem ajudar com projetos para que as pessoas fiquem, pelo menos nas aldeias”, acrescentou o patriarca.

Dom Louis Sako continua a “batalha” dos seus antecessores em “evitar o êxodo maciço dos cristãos”.

Segundo o patriarca, A Igreja tem tentado ajudar as famílias com mais dificuldades e em Bagdá, a capital do Iraque, o seminário foi dividido em apartamentos para acolher “famílias carentes ou para jovens casais”, para que possam continuar no país.

O patriarca caldeu visitou recentemente 40 aldeias no norte do país e explica que “as pessoas contentam-se com pouco: medicamentos, creches, sementes, meios de transporte, postos de trabalho”, mas “precisam de ajuda, urgente”.

Este problema e insegurança não é exclusivo do Iraque mas de toda a região como na “Síria, no Líbano e na Jordânia”, onde existe “um sentimento de tensão e insegurança”.

“O fundamentalismo crescente é um desafio”, acrescentou Dom Louis Sako.

O ex-arcebispo de Kirkuk, 266 quilômetros a norte da capital, revelou que visitou campos de refugiados na Turquia e no Líbano que não são alheios a este problema: “Os cristãos sentem insegurança e falta de perspectivas. Não sabem para onde ir”.

 

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