Em Vigília pela Paz

Cristãos têm a missão de ser artífice da paz onde vivem, diz Cardeal

“Quando rezamos pela paz devemos sempre começar com a instauração da paz em nós mesmos com a conversão pessoal. A paz nasce do coração de cada um…”

Rádio Vaticano

O Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean Louis Tauran, presidiu na tarde desta quarta-feira, 2, na Igreja dos Santos Apóstolos, em Roma, a Vigília de oração pela Paz na Síria e no Iraque, promovida pela Diocese de Roma.

Cristãos têm a missão de ser artífice da paz onde vivem, diz Cardeal

Cardeal Jean Louis Tauran presidiu a Vigília de oração pela Paz na Síria e no Iraque / Foto: Romasette

“Vemos mais uma vez a violência armada tomar o lugar das negociações. Quando Jesus se manifesta aos discípulos, depois de sua ressurreição, lhes diz: ‘A paz esteja com vocês’. Ele encarrega os apóstolos de serem anunciadores da paz. Esta noite, a Igreja em Roma cumpre esta missão que lhe foi confiada por Jesus”, frisou o purpurado em sua homilia.

“Em nosso tempo, cuja violência armada termina muitas vezes no terrorismo, fazendo do nosso mundo um mundo frágil que duvida de seu futuro, nós cristãos temos uma missão, aquela que Jesus confiou à sua Igreja depois de sua ressurreição: ser artífices da paz onde vivemos. Somos homens e mulheres, metade bons e metade maus, e a guerra se aninha em nosso coração através de três comportamentos: medo da diferença, suspeita e ciúme, e sede de poder”, disse ainda o Cardeal Tauran.

Segundo o purpurado, “quando rezamos pela paz devemos sempre começar com a instauração da paz em nós mesmos com a conversão pessoal. A paz nasce do coração de cada um e supõe uma renovação dos nossos corações. Não existe paz sem verdade, não existe paz sem liberdade, não existe paz sem justiça e não existe paz sem solidariedade”.

“Os cristãos podem contribuir na elaboração de uma pedagogia da paz, consistente na promoção do respeito da pessoa humana, na tutela da família, no caminhar com a justiça, no aceitar o pluralismo, não como uma ameaça, mas como uma riqueza, e enfim, na colaboração com todos aqueles que se recusam a usar a guerra como meio de resolução dos conflitos. Devemos incentivar todos aqueles que se esforçam para alcançar um desarmamento efetivo e a valorização do direito internacional”, frisou ainda o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.

O purpurado concluiu sua alocução afirmando que “as guerras, os conflitos internos, as divergências políticas, as desigualdades sociais e econômicas podem ser superadas”.

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