Em Portugal

Consistório: as expectativas do primeiro cardeal de Cabo Verde

Dom Arlindo Furtado admitiu ter ficado “apreensivo”, após o anúncio da sua criação cardinalícia

Da redação, com Agência Ecclesia

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Dom Arlindo Furtado / Foto: Diocese de Cabo Verde

O bispo de Santiago de Cabo Verde, dom Arlindo Furtado, já se encontra em Roma, onde será criado cardeal pelo Papa Francisco no consistório deste sábado, 14, o que acontece pela primeira vez na história do país português.

“Parto com uma grande expectativa porque não tenho uma experiência a este nível, mas espero que tudo corra bem”, disse o futuro cardeal, em declarações divulgadas pela Diocese de Santiago.

Dom Arlindo Furtado admitiu ter ficado “apreensivo”, após o anúncio da sua criação cardinalícia, em 4 de janeiro, uma vez que é chamado a uma “nova responsabilidade”, “outro nível da Igreja”, onde fica “mais próximo” de Francisco.

“Irei dar o meu melhor com muita serenidade. Sei que não estou só”, observou o futuro cardeal que confia na “força e alento” de Jesus Cristo para a sua nova missão.

A Diocese de Santiago destaca que o primeiro cardeal cabo-verdiano será acompanhado por uma “caravana multifacetada” de concidadãos, tanto os que se deslocaram a Roma desde o arquipélago como vários emigrantes em Portugal, França, Suíça, Holanda, Estados Unidos da Américas e Itália.

Trajetória de dom Arlindo Furtado

O bispo de Santiago de Cabo Verde nasceu a 4 de outubro de 1949; fez os seus estudos teológicos em Portugal e regressou ao seu país, onde foi ordenado padre em 1976.

O futuro cardeal licenciou-se em Ciências Bíblicas pelo Instituto Bíblico de Roma e voltaria a estudar em Coimbra, colaborando na equipa tradutora da ‘Nova Bíblia dos Capuchinhos’.

Em 1995 regressou a Cabo Verde e em novembro de 2003 foi nomeado pelo Papa João Paulo II como primeiro bispo da nova Diocese de Mindelo; foi ordenado bispo a 22 de fevereiro de 2004.

Depois de servir as comunidades católicas do Mindelo, tomou posse em 2009 como bispo de Santiago, diocese que foi erigida por desmembramento da então Arquidiocese do Funchal, a 31 de janeiro de 1533.

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