O Papa confirmou a eleição vinda da parte do Definitório Geral da Ordem dos Frades Menores
Da Redação, com Vatican News
Frei Francesco Patton / Foto: Reprodução CMC
Nesta sexta-feira, 29, o Papa Francisco confirmou a eleição, vinda da parte do Definitório Geral da Ordem dos Frades Menores, de Frei Francesco Patton para Custódio da Terra Santa e Guardião do Monte Sião para os próximos três anos.
Em Jerusalém, o anúncio foi feito no refeitório do Convento de São Salvador por Fr. Julio César Bunader, presidente do Capítulo da Custódia da Terra Santa. Na ocasião, o Custódio explicou que estes três anos são de fato um pedido para levar à conclusão um serviço realizado nos últimos seis anos e que ainda tem algumas coisas para completar.
“Eu interpreto meu serviço antes de tudo como um serviço aos frades. Eu sou um frei e minha primeira tarefa como Custódio é salvaguardar a vida e a vocação dos frades da Custódia”.
O Custódio da Terra Santa é o Guardião do Monte Sião e do Santo Sepulcro, é o Ministro Provincial, ou seja, o Superior dos Frades Menores que vivem em todo o Oriente Médio.
Pérola da Ordem dos Frades Menores
Além de estar à frente da Custódia, considerada a pérola da Ordem dos Frades Menores, é também membro da Assembleia dos Líderes Católicos da Terra Santa. A Assembleia reúne todos os bispos e vigários episcopais católicos de rito latino e oriental.
Desde o século XIII, a presença dos franciscanos é atestada na Terra Santa. Desde então, a tarefa de guardar a maioria dos lugares da Encarnação de Jesus foi confiada a eles.
Os Franciscanos da Custódia são responsáveis por acolher os peregrinos nos Santuários e também por cuidar da pequena comunidade cristã local. No que diz respeito aos lugares regulados pelo Status Quo, a Custódia é também a interlocutora das demais Igrejas cristãs.
Vários países compreendem o território da Custódia: Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Chipre, Rodes e Egito – com o convento de Muski, no Cairo.
Biografia
Fr. Francesco Patton nasceu em Vigo Meano, diocese de Trento, no dia 23 de dezembro de 1963, na Itália. Em 6 de junho de 2016, tornou-se o 168º Custódio da Terra Santa, com sua entrada oficial em Jerusalém.
A entrada se deu pelo Portão de Jaffa, como manda uma tradição secular, local por onde historicamente peregrinos e visitantes entravam na Cidade Santa. Após a oração na igreja de São Salvador, o Custódio cedente, Frei Pierbattista Pizzaballa, hoje Patriarca Latino de Jerusalém, fez uma saudação afetuosa.
Hoje, após seis anos, o Frei. Patton falou dos desafios dos próximos anos. Ele afirmou que muitas coisas foram iniciadas no decorrer destes seis anos, assim como neste tempo coisas importantes que foram iniciadas anteriormente pelo antecessor, foram concluídas.
“Creio que o mais significativo foi, logo no início, ter podido fazer mais uma vez junto com a Igreja Grega e Armênia o restauro da Edícula do Santo Sepulcro, algo iniciado antes”.
O grande desafio para toda a Terra Santa e para o Oriente Médio continua a ser a paz. O Custódio da Terra Santa relembrou que chegou quando a guerra na Síria já durava de quatro a cinco anos. Agora, após seis anos, portanto onze anos de guerra, a guerra na Síria ainda continua.
“Portanto, certamente um dos maiores desafios é o desafio da paz, o desafio do diálogo, um diálogo que é cada vez mais necessário. Um diálogo que não pode deixar de olhar para os cristãos e a Igreja da Terra Santa em primeiro plano.”
O Frei. Francesco Patton, ofm, afirmou que o motivo de estarem onde estão se deve ao fato da Igreja ter dado o mandato de guardar os Lugares Santos e os Lugares Santos são para nós lugares de vida e lugares de oração.
“Estamos aqui também, posso dizer, em nome de toda a humanidade, porque somos uma fraternidade internacional, portanto estamos aqui para rezar por toda a humanidade”. concluiu
Notícias Relacionadas
Na Terra Santa, população realiza atos pelas vítimas do Holocausto
Conheça uma fábrica de cerâmica típica da cultura árabe
Franciscanos percorrem o caminho de Emáus na Terra Santa
Correspondentes na Terra Santa mostram celebrações em Emaús
"Jesus ressuscitado caminha ao nosso lado", afirma Frei Patton
