Guerra na Etiópia

Com a guerra, população do Tigré, na Etiópia, continua a sofrer de fome

Conferência Episcopal Católica da Etiópia lança apelo para todo o mundo para o auxílio da população que padece de fome em território etíope

Da Redação, com Agência Fides

População pede paz na nação – Foto John Nacion via Reuters Connect

A guerra continua a matar de fome milhares de pessoas no Tigré, uma das nove regiões que compõem a Etiópia. A área disputada no conflito, oficialmente conhecida como Western Tigré pré-guerra, é agora o maior obstáculo para acabar com os conflitos.

O governo do país apenas permitiu a entrada de um comboio para o auxilio da população, o primeiro desde dezembro de 2021. A medida até então foi negada devido à permanência da Frente de Libertação Popular de Tigré (TPLF) e das forças armadas de Amhara na região.

O órgão reluta sair completamente do local até que os auxílios à população tigrini fluam livremente: “Sem um avanço na abertura dos bloqueios, a tragédia da limpeza étnica será acompanhada por um abuso igualmente grotesco: Fome em massa de forma deliberada.”

Um relatório publicado em 6 de abril concluiu que as autoridades da região de Amhara expulsaram ou mataram de forma sistemática milhares de tigrinos do território sequestrado no Tigré, desde o inicio da guerra.

A presença Católica

“A situação humanitária em Tigré continua a piorar.  A passagem nos corredores humanitários pelos quais as Nações Unidas, o governo ou outras agências tentam levar alimentos ao país às vezes é bloqueada e não sabemos por quem.  O sofrimento das pessoas está aumentando.  Como Conferência Episcopal Católica da Etiópia, lançamos apelos à nossa rede católica em todo o mundo. Pedimos especialmente através da Caritas Internationalis. Há apenas duas semanas, pedimos dinheiro para ajudar nosso povo, não apenas no Tigré, mas também em regiões vizinhas.” A declaração é do arcebispo de Adis Abeba, Cardeal Berhaneyesus Souraphiel.

Apesar da calamidade, o cardeal afirma que a Etiópia não deve ser encarada como um país de cotidianos conflitos. Defende a fé da população e acredita que em breve os etíopes se tonem um só.

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