As Cáritas da Guiné e Serra Leoa, em colaboração com as organizações internacionais e os Ministérios da Saúde locais, realizam trabalho de prevenção da epidemia
Da Redação, com Agências
A epidemia do ebola agravou-se na África Ocidental e atingiu números alarmantes quanto à quantidade de casos e a extensão territorial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), já são mais de 887 mortos na Guiné, onde a epidemia começou em fevereiro, na Libéria, Serra Leoa e Nigéria.
De acordo com o relatório da OMS, foram registrados até agora 358 óbitos na Guiné, 273 em Serra Leoa, 255 na Libéria e um na Nigéria. Além disso, já foram contabilizados mais de 1.600 casos de contágio. Recentemente, a organização disse que a epidemia estava se alastrando “numa velocidade maior do que os esforços para controlá-la”.
Para evitar a expansão da epidemia, as Cáritas da Guiné e Serra Leoa, em colaboração com as organizações internacionais e os Ministérios da Saúde locais, estão trabalhando ativamente com a população local, para dar explicações sobre o vírus e recomendações de caráter higiênico-sanitário para a prevenção, e também na distribuição de sabão e cloro.
Mais de 100 agentes estão empenhados na campanha e já são 100 mil os beneficiados pela Cáritas na Guiné, 60 mil em Serra Leoa, onde, neste momento, verifica-se uma forte expansão do vírus. O Governo declarou estado de emergência.
Segundo a instituição, é fundamental o papel da sensibilização “porta a porta” e nos lugares públicos para aumentar a conscientização da população, o conhecimento das regras básicas para a prevenção e as medidas a tomar em caso de sintomas suspeitos na família e nas comunidades.
“É crucial a este propósito o papel dos animadores locais que conhecem profundamente e partilham a cultura e as tradições nas aldeias e comunidades, bem como o das autoridades locais, particularmente religiosas, nos quais a população coloca uma confiança especial e que podem fazer entender nas aldeias a importância de seguir as recomendações higiênico-sanitárias”, comunicou a Cáritas.
Além do apoio básico, os agentes constantemente estão em alerta para os sintomas da doença na população local, para encaminhar imediatamente ao isolamento e tratamento.
Para a manutenção do trabalho, a Cáritas Internacional deu início a uma campanha para arrecadar doações. É possível ajudar acessando o site internacional da instituição ou os locais como a Cáritas Brasileira.