Segundo relatos de moradores de Buzi, muitos ainda esperam pela chegada de água e comida
Da redação, com Reuters
De acordo com moradores do distrito de Buzi, em Moçambique, muitas pessoas ainda se encontram sem água e comida e aguardam a chegada de ajuda após a passagem do ciclone Idai.
Gaspard Armando, estudante de apenas 21 anos, relata que foi forçado a viver em um telhado de aço devido aos estragos causados pelo ciclone e que as pessoas no local estão famintas “sem nada para comer”, disse.
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O ciclone Idai atingiu a cidade portuária conhecida como Beira com ventos de até 170 km/h, por volta da meia-noite no dia 14 de março. Em seguida, dirigiu-se para o Zimbábue e Malaui, locais em que derrubou edifícios e tirou a vida de pelo menos 657 pessoas.
O Ministro da Terra e do Meio Ambiente, Celso Correia, disse nesta segunda-feira, 25, ao Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGC, na sigla em inglês) que já havia se preparado para o ciclone semanas antes por meio de um sistema de alerta e que mais de 300 mil pessoas haviam sido deslocadas antes da chegada do Idai.
Correia ainda informou que o número de pessoas que foram levadas aos acampamentos improvisados aumentou de 18 mil para 128 mil e que o número de mortos em Moçambique permaneceu inalterado em 447.
O ciclone e as fortes chuvas que se seguiram dificultaram a chegada de ajuda em Beira, cidade que é uma entrada importante para os países sem acesso ao mar na região.