Arquidioceses do Brasil terão grupo oficial no Panamá; JMJ é oportunidade de crescimento para jovens brasileiros, afirma padre
Julia Beck
Da redação, com colaboração de Thais Rufino
A exatamente 365 dias da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2019, que acontecerá de 22 a 27 de janeiro , no Panamá, o Comitê Organizador do evento inicia nesta segunda-feira, 22, a etapa de execução dos planos de ação, logística e captação de recursos. No Brasil, grupos de jovens das arquidioceses, como a de São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Rio de Janeiro, se organizam para participar do evento.
Apoiado por aproximadamente 300 voluntários – entre eles seis jovens brasileiros da Comunidade Shalom –, o Comitê Organizador da JMJ 2019 declarou entusiasmo com a preparação dos jovens do continente americano para alcançar a meta de viajar para o Panamá. “Eles nunca imaginariam poder participar de uma Jornada devido aos grandes valores, aqui este valor é consideravelmente reduzido”, afirmou o Diretor de Comunicações da JMJ, Eduardo Soto.
Na expectativa de somarem 260 jovens no grupo oficial da arquidiocese do Rio de Janeiro, que participará da JMJ 2019, o sacerdote e um dos organizadores do grupo, padre Ramon Nascimento, comentou sobre a importância dos jovens se fazerem presentes neste que é considerado o maior encontro da juventude da Igreja Católica. A edição de 2019 terá como tema “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1, 38)”.
“É um momento de crescimento, é um momento em que se vive essa experiência da catolicidade. Jovens das mais diversas culturas, dos mais diversos países que se reúnem ali em torno do Santo Padre para rezar, para se animar para a missão”, comentou padre Ramon. Segundo o sacerdote, a Jornada Mundial da Juventude de 2013, que aconteceu no Rio de Janeiro, fez com que os jovens brasileiros conhecessem mais sobre o evento, e manifestassem vontade de participar.
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A presença dos brasileiros no Panamá será importante, de acordo com o padre, para o conhecimento de outras realidades, e para a percepção da riqueza e da variedade da Igreja, de maneira especial na América Latina. A troca de experiências entre os jovens foi apontada pelo sacerdote como outro grande ponto positivo da JMJ, uma resposta, de acordo com ele, para os que buscam “ânimo” na fé.
“A participação em eventos como a JMJ é, antes de tudo, um testemunho para o mundo, da juventude. Na mesma medida em que os jovens falam ao mundo eles falam a si mesmos e escutam as palavras do Santo Padre”, comentou padre Ramon. Esta experiência proporcionada pela jornada é sublinhada pelo sacerdote como uma resposta ao mundo e às desqualificações à Igreja. “A jornada é, antes de tudo, um chamado e um testemunho para um mundo que nos cerca, é um testemunho de fé, de fraternidade, de que podemos construir a paz”, concluiu.
O grupo oficial da Arquidiocese do Rio de Janeiro está em processo de preparação para a Jornada. Segundo padre Ramon, uma agência e uma operadora tem auxiliado no processo estrutural, enquanto sacerdotes e religiosos auxiliam na preparação pastoral. “A gente se reúne, a gente reza, temos algumas atividades, ou seja, sempre se faz atividades que possam enriquecer a preparação para que os jovens cheguem lá motivados, dentro do espírito da jornada, e com a disposição da missão”, contou.
O sacerdote declarou estar ansioso para o evento e afirmou que suas expectativas são as melhores possíveis.“Minha expectativa é fazer com que os jovens se sintam motivados a serem promotores da paz, da unidade, e que assim como Maria, possam dar seu sim, e dizer ‘Eis aqui o servo do Senhor, para fazer a vontade do Senhor’ e cumprir aquilo que Deus o chamou a fazer. É exatamente isso minha expectativa, que os jovens possam ir, fazer uma experiência de fé, e voltar para conquistar outros para a causa do reino, para a boa nova da salvação”, finalizou padre Ramon.
O que já foi feito e o que está por vir
Desde janeiro de 2017 o Comitê Organizador da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Panamá vem se preparando para o ano de 2019. No ano passado, um encontro com representantes da arquidiocese do Panamá iniciou a logística para a acolhida dos milhares de peregrinos que participarão do evento, a logo da jornada foi criada e lançada, a cruz – símbolo da JMJ – foi entregue aos jovens do Panamá, o site e o hino oficial da JMJ de 2019 foram apresentados, e a Cinta Costera foi escolhida como o local onde acontecerão os Atos Centrais da Jornada.
A partir de hoje até o próximo dia 31 de janeiro, o Comitê Organizador receberá no Panamá autoridades do Departamento de Leigos, Família e Vida do Vaticano, que supervisionará tudo que foi feito, até o momento, para a sistematização do evento. Nestes dias, também será anunciada a data em que o Papa Francisco fará sua inscrição na JMJ 2019. O Santo Padre é tradicionalmente o primeiro peregrino a se inscrever nas Jornadas, ato que marca o início das inscrições internacionais.
A novidade para a próxima segunda-feira, 29 de janeiro, é o anúncio dos pacotes e modalidades de inscrição para a Jornada, assim como os manuais para a obtenção de visto (se necessário) para chegar ao Panamá. De acordo com Soto, os esforços do Comitê têm se concentrado na busca de voluntários e hospedagem, e na definição junto com o estado nas áreas de transporte, hidratação e alimentação.