Reunião acontecerá nesta quinta-feira, 10; Papa Francisco enviará uma mensagem em vídeo
Da redação, com Boletim da Santa Sé
Nesta quinta-feira, 10, o Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral promove um encontro sobre a crise humanitária na Síria e no Iraque. O encontro, para o qual deram o seu apoio cerca de cinquenta ONGs católicas, representantes de episcopados locais e instituições eclesiais e congregações religiosas que operam na Síria, Iraque e países vizinhos, bem como os Núncios Apostólicos da região, será realizado online (via Zoom) começando às 16h.
Participações
A abertura da reunião será feita pelo subsecretário do Dicastério, Monsenhor Muñoz e pela Sra. Moira Monacelli, da Caritas Internationalis. Logo após um momento de oração com o secretário do Dicastério, Monsenhor Bruno Marie Duffé, e a seguir o discurso introdutório do Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado.
O secretário para as Relações com os Estados, Monsenhor Gallagher, e o Núncio Apostólico na Síria, Cardeal Mario Zenari, falarão sobre a situação político-diplomática da região.
Em seguida, haverá uma sessão sobre o papel da Igreja na Síria e no Iraque, moderada pelo Mons. Cherupuzhathottathil, da Congregação para as Igrejas Orientais, e pelo Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da própria Congregação.
Uma sessão explorará o tema dos migrantes e deslocados internos, que contará com os discursos do Sr. Filippo Grandi, Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), e da Sra. Pascale Debbane, Oficial da Seção de Migrantes e Refugiados do o Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, moderado pelo Subsecretário da Seção de Migrantes e Refugiados, padre Fabio Baggio, C.S.
Por fim, haverá uma sessão sobre as ONGs católicas e seu trabalho na transição da fase de emergência para o desenvolvimento integral, na qual o Cardeal Peter Turkson, Prefeito do Dicastério, e o Sr. Aloysius John, Secretário Geral da Caritas Internationalis, estarão presentes. Cada sessão incluirá uma parte dedicada à discussão com todos os participantes.
O Papa Francisco enviará uma mensagem em vídeo, que será exibida no início do encontro.
Objetivos
O comunicado afirma que o encontro assume particular relevância neste momento de pandemia e crise, que vê interligadas questões de saúde, econômicas, sociais e políticas. O objetivo do encontro, em continuidade ao caminho percorrido nos últimos anos, é oferecer-se como momento de reflexão, de comunhão fraterna e de coordenação entre todas as instituições eclesiais empenhadas em obras de caridade e assistência às populações atingidas em todo o Oriente Médio. por esta crise humanitária, para a qual o Santo Padre repetidamente chamou a atenção da opinião pública; fazer um balanço do trabalho realizado até agora pelas organizações de caridade católicas no contexto da crise no Líbano e da pandemia de COVID-19, compartilhando informações sobre a situação atual e as respostas da Igreja; discutir as questões críticas que surgiram e identificar as prioridades para o futuro; analisar a situação das comunidades cristãs que vivem nos países afetados pela guerra, promovendo a sinergia entre as organizações da Igreja e a Igreja local.
Uma reflexão especial este ano será sobre o tema do desenvolvimento integral, assim como perspectivas realistas para o retorno voluntário dos deslocados internos e refugiados às suas comunidades de origem.
Entenda
O conflito na Síria e no Iraque produziu uma das crises humanitárias mais graves das últimas décadas. Além da atividade diplomática, a Santa Sé está ativamente envolvida na ajuda humanitária e nos programas de assistência. Desde 2014, a rede da Igreja alocou mais de 1 bilhão de dólares para a resposta de emergência, alcançando mais de 4 milhões de beneficiários individuais por ano.
De acordo com fontes da ONU, atualmente ainda há 11 milhões de pessoas que precisam de assistência humanitária na Síria, enquanto mais de 6 milhões são deslocados internos (DIs); no Iraque, os números são de mais de 4 milhões de pessoas que precisam de assistência humanitária e mais de 1 milhão de deslocados internos, respectivamente. Deve-se notar, no entanto, que todos os países da região são afetados pela grave crise humanitária, especialmente Líbano, Turquia e Jordânia.