Segundo o mais recente boletim da Defesa Civil, 61.732 pessoas ainda estão desabrigadas ou desalojadas com as enchentes
Da Redação, com Cáritas Brasileira – Regional Nordeste 2
Foto aérea de enchentes em Alagoas / Foto: Arquidiocese de Maceió
Já no primeiro fim de semana de julho de 2022, Alagoas registrou a maior enchente desde a cheia que arrasou 19 municípios em 2010. Segundo o mais recente boletim da Defesa Civil, 61.732 pessoas ainda estão desabrigadas ou desalojadas.
O estado registrou seis mortes em decorrência do temporal. As famílias que não tiveram moradias destruídas conseguiram retornar após os níveis dos rios baixarem. Ao todo, 57 municípios estão em situação de emergência.
“Talvez hoje nos faça bem perguntar a nós mesmos: sinto compaixão?”. Motivados por esta fala do Papa Francisco, bispos e agentes da Cáritas realizaram visitas entre os dias 8 e 9 de julho na arquidiocese de Maceió e nas Dioceses de Penedo e Palmeira dos Índios.
Também houve reuniões para pensar em ações que ajudem na reconstrução da vida de centenas de famílias afetadas pelas fortes chuvas. Foi constatado o estrago provocado pelas chuvas através de deslizamento de barreiras, marcas d’água nas casas, móveis e objetivos destruídos e locais ainda alagados, durante a visita às comunidades rurais e ribeirinhas como Vergel do Lago, Comunidade de Pescadores Z-5, Fernão Velho, Jequiá da Praia, entre outras.
A perspectiva da visita foi sondar as necessidades primordiais dos territórios, para, assim como na Campanha #SOS Recife e Região Metropolitana e SOS Agreste Meridional, enviar apoio às famílias.
Resposta emergencial rápida
O pároco da paróquia São Pedro, no bairro de Vergel do Lago, padre Adriano Vieira, comenta que eles possuem um total de 26 pessoas abrigadas na paróquia, sendo 10 adultos e 16 crianças. “Estão trabalhando na perspectiva de ajudar não só no abrigo, mas alimentação e regularização de documentos para que elas possam conseguir uma moradia digna através do cadastro no governo”
“A Cáritas como Igreja tem o dever de se mobilizar em momentos como esse para amparar e auxiliar as famílias, que já perderam tanto, na reconstrução de suas vidas”, declara a secretária executiva da Cáritas brasileira- Nordeste 2 (CBNE2), Neilda Pereira. “O momento pede de nós uma resposta emergencial rápida, essas famílias precisam de suporte e é uma ação que não se pode esperar., acrescenta.
As visitas, que fazem parte das ações da área de atuação do MAGRE- meio ambiente gestão de riscos e emergências – também foi acompanhado pelos agentes das entidades. Estes agentes são membros da Cáritas Arquidiocesana de Maceió, Cáritas Diocesana de Palmeira dos Índios e Cáritas diocesana de Penedo que participaram de conversas com a secretária executiva da CBNE2 sobre a atuação da instituição mediante o momento emergencial.
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