Documento é dividido em três partes nomeadas: “Pôs-se com eles a caminho”, “Os seus olhos abriram-se” e “Voltaram imediatamente”
Da redação
Foi publicado, nesta semana, o Documento Final da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada de 3 a 28 de outubro de 2018 sobre o tema “Os Jovens, a fé e o discernimento vocacional”. O documento é dividido em três partes nomeadas: “Pôs-se com eles a caminho”, “Os seus olhos abriram-se” e “Voltaram imediatamente” e já está disponível no site do Sínodo.
A introdução do documento faz referência à experiência que os padres sinodais fizeram durante o Sínodo e o contato direto que tiveram com o Papa Francisco. “Caminhamos juntos, com o sucessor de Pedro, que nos confirmou na fé e nos fortaleceu no entusiasmo da missão”, lê-se no documento. Os membros do clero destacaram seus diferentes pontos de vista cultural e eclesial, e reforçaram o que sentiram desde o início da Assembleia: uma sintonia espiritual, um desejo de diálogo e empatia.
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“Trabalhamos juntos, compartilhando aquilo que era mais importante para nós, dando a conhecer as nossas preocupações, sem esconder as nossas dificuldades. Muitas intervenções geraram em nós emoção e compaixão evangélica: sentimo-nos um único corpo que sofre e rejubila. Queremos partilhar com todos a experiência de graça que vivemos e transmitir a alegria do Evangelho às nossas Igrejas e ao mundo inteiro”, escreveram os relatores do Sínodo.
A presença dos jovens na XV Assembleia Geral, foi descrita pelos padres sinodais, como uma novidade. “Através deles, no Sínodo ressoou a voz duma geração inteira. Caminhando com eles, peregrinos junto do túmulo de Pedro, experimentamos como a proximidade cria as condições para que a Igreja seja espaço de diálogo e testemunho de fraternidade que fascina. A força desta experiência ultrapassa qualquer dificuldade e fraqueza. O Senhor continua a repetir-nos: ‘Não temais, Eu estou convosco!’”.
A preparação do Sínodo
No texto que dá ao início ao documento, os membros do clero citam os grandes benefícios das contribuições dos Episcopados e da colaboração de pastores, religiosos, leigos, peritos, educadores e muitos outros. O envolvimento dos jovens, desde o início do processo sinodal – com o questionário online, e as contribuições pessoais na reunião pré-sinodal – foram apontadas pelos padres sinodais como essencial.
Todas as contribuições foram resumidas no Instrumentum laboris, que constituiu a sólida base do debate durante as semanas da Assembleia. Agora, o Documento final reúne o resultado deste processo, relançando-o para o futuro: exprime aquilo que os Padres sinodais reconheceram, interpretaram e decidiram, à luz da Palavra de Deus.
O Documento final
O documento final foi criado com base no Instrumentum laboris, documento de referência que sintetizou os dois anos de escuta dos jovens, por parte da Igreja. Segundo os padres sinodais, o documento final é o fruto do discernimento realizado pelos membros do clero e contém os núcleos temáticos generativos. “Reconhecemos a diversidade e a complementaridade destes dois textos”, escreveram os relatores do Sínodo
“Este Documento é oferecido ao Santo Padre (cf. Francisco, Episcopalis communio, n. 18; Instrução, art. 35 § 5) e também à Igreja inteira como fruto deste Sínodo. Dado que o percurso sinodal ainda não terminou, prevendo-se uma fase de aplicação (cf. Episcopalis communio, nn. 19-21), o Documento final será um roteiro para orientar os próximos passos que a Igreja é chamada a dar”, escreveram os padres sinodais.