Missa de posse

Seguir na evangelização, diz bispo à nova presidência da Canção Nova

Missa de posse dos novos presidente e vice-presidente da Canção Nova aconteceu na manhã desta quarta-feira, 1º, e foi presidida pelo bispo de Lorena, Dom Joaquim Wladimir

Julia Beck
Da redação

Novos presidente e vice-presidente da Comunidade Canção Nova /Foto: Bruno Marques

Padre Wagner Ferreira e padre Donizete Heleno Ferreira tomaram posse na manhã desta quarta-feira, 1º, respectivamente como presidente e vice-presidente da Comunidade Canção Nova. Ambos foram eleitos nesta terça-feira, 28, durante a 12º Assembleia Geral da Comunidade. A posse aconteceu durante a missa de encerramento do encontro presidida pelo bispo da diocese de Lorena (SP), da qual a Canção Nova faz parte, Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias.

Em sua homilia, Dom Wladimir frisou que a eleição aconteceu durante a Quaresma, tempo de caminhada rumo à Páscoa, período em que as pessoas são convidadas à conversão, revisão de vida, a uma vida nova. O bispo destacou que este também é um tempo de revisão para a comunidade, tempo favorável e oportunidade que Deus dá para que todos caminhem na Sua vontade.

“A Quaresma é um tempo adequado para despertar e adequar a nossa consciência para os valores da Palavra de Deus. (…) Olhar para trás para poder melhorar, pensar em como a Evangelização pode gerar ainda mais frutos”, indicou o bispo.

Palavras do novo presidente

Novo presidente da Canção Nova, padre Wagner Ferreira /Foto: Bruno Marques

Ao final da celebração, o novo presidente da Comunidade, padre Wagner Ferreira manifestou a sua gratidão a Deus e ao Monsenhor Jonas Abib. O presbítero também sublinhou o valor do carisma da Canção Nova.

“Todos nós podemos testemunhar o quanto esse carisma contribuiu para uma mudança radical em nossas vidas. (…) O que seríamos nós sem a Canção Nova?”, disse.

O sacerdote afirmou que a Comunidade é muito pequena dentro do contexto da Igreja, mas Deus faz obras grandes por meio dos pequeninos. “Faz obras extraordinárias por meio daqueles que se colocam a serviço com humildade”, complementou.

Padre Wagner destacou também a palavra profética a João Batista: “E tu, menino será chamado profeta do Altíssimo” (Lc 1, 57). “Assim foi padre Jonas, e assim eu pretendo ser ao suceder o padre Jonas na missão como presidente da Canção Nova”. O sacerdote reforçou que a presidência não é só um cargo, mas comporta graça e cruz.

Palavras do novo vice-presidente

Novo vice-presidente da Canção Nova, padre Donizete Heleno /Foto: Bruno Marques

O novo vice-presidente, padre Donizette Heleno, comentou que não está assumindo essa missão por vaidade ou privilégio. “Tenho consciência das minhas fraquezas e fragilidades, mas confio na misericórdia de Deus”.

O sacerdote frisou que a presença do bispo de Lorena indica a certeza da eclesiologia da Canção Nova.

Ao comentar sobre o retiro, o presbítero agradeceu todos que ajudaram e reforçou: “Vivemos uma experiência do Espírito Santo esses dias, o mesmo que inspirou o carisma e conduziu sempre a Canção Nova.  Somos uma Comunidade católica guiada pelo Espírito Santo. (…) Que Deus nos abençoe nessa missão!”.

Eto e Luzia

Wellington Jardim e Luzia Santiago /Foto: Bruno Marques

O co-fundador e primeiro conselheiro do Conselho Geral da Comunidade Canção Nova, Wellington Silva Jardim, o Eto, incentivou os missionários a “darem as mãos”. O pedido é para que todos vivam a unidade neste tempo novo.

“Agora chegou o momento de sairmos de nosso aconchego e fazer acontecer. Não somos poucos, somos suficientes para fazer a obra crescer. (…) Padre Jonas plantou, nós regamos e agora chegou a hora de podarmos e replantarmos o que o Padre Jonas plantou. (…) Peço a Deus e aos presidentes que nos conduzam a isso”.

A co-fundadora da Comunidade Canção Nova, Luzia Santiago, disse que o Monsenhor Jonas afirmava que a Canção Nova já estava estabelecida. “Recebemos muitas orações para essa Assembleia. (…) Viemos na expectativa de que o Senhor nos concedesse o Espírito Santo e nós vimos descer sobre nós a força e a graça do Espírito Santo”.

Luzia destacou que o retiro foi “inesquecível”. “Elegemos o padre Wagner que acompanhou o padre Jonas em sua enfermidade (…) e um jovem como vice-presidente”.

Homilia de Dom Wladimir

Dom Wladimir durante homilia na manhã desta quarta-feira, 1º/ Foto: Bruno Marques

Na liturgia do dia, mais especificamente na Primeira Leitura, Jonas é enviado para uma grande metrópole, Nínive, para ser sinal de conversão para aquele povo que tinha atitudes e procedimentos errados.

Dom Wladimir afirmou que o erro e o pecado matam, destroem a pessoa, a família, a comunidade e a sociedade. “O Papa Francisco frisou que o pecado também destrói a Casa Comum”, recordou.

“Deus não quer que pereçamos por causa dos nossos pecados, dos nossos erros. Ele sempre oferece chances, oportunidades para revermos nossas atitudes, para mudarmos de vida”.

Conversão e nova evangelização

Em Nínive foi o início de uma nova evangelização, pontuou o bispo. O prelado sublinhou que Deus enviou Jonas para avisar que aquela cidade estava com os dias contados, que em 40 dias ela seria destruída.

“Eles acreditaram, acataram a proposta e assumiram uma postura que indicava a conversão. (…) Todos da cidade tomaram a firme decisão de se afastar do mal caminho e de práticas perversas”, frisou.

A partir da atitude dos ninivitas, a cidade não foi destruída. O bispo destacou então: “Deus é misericórdia e perdão”. “O fato de Deus enviar Jonas a Nínive mostra o quanto Ele se preocupa com os seus filhos, indistintamente”.

Sinais

Deus sempre envia sinais, disse Dom Wladimir. O bispo alertou que por insensibilidade do coração muitos não percebem os sinais, ou quando percebem estão tomados pela tentação e não dão ouvidos.

“Os sinais às vezes são evidentes e não queremos perceber. (…) Jesus é o amor, o rosto visível da misericórdia do Deus invisível, e às vezes achamos pouco. (…) Se a humanidade visse na cruz a obra mais estupenda do amor de Deus, não teria atitudes como a que vemos todos os dias”, afirmou.

Grande missão

Assim como Jonas foi enviado a uma grande missão em Nínive, Dom Wladimir comentou que também o novo presidente da Comunidade Canção Nova é chamado para a sua missão, após a Assembleia: ser um sinal de Deus para apontar caminhos de santidade.

“Não sozinho, mas com toda a família Canção Nova, pois o carisma não foi dado apenas ao Monsenhor Jonas, mas a toda a comunidade através dele. Cabe agora ao presidente, com todos os seus direitos e deveres, com toda a presidência e membros da grande família Canção Nova, caminhar dentro da proposta do Papa Francisco de sinodalidade, ou seja, caminhar juntos na oração e na missão, no perdão e no diálogo, dar continuidade como escolhido por Deus para evangelizar todas as nações”.

Assim como Jonas e Monsenhor Jonas foram bem-sucedidos em sua missão, Dom Wladimir pediu que o carisma Canção Nova cresça cada dia mais por ação do Espírito Santo, como obra de salvação.

 

Todos os participantes da 12º Assembleia Geral da Comunidade Canção Nova/ Foto: Bruno Marques

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