Ivan Jurkovič, em discurso no Conselho sobre Direitos Humanos das Nações Unidas, pediu um debate urgente acerca da situação no país
Da redação, com Vatican News
Arcebispo Ivan Jurkovič, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas / Foto: Reprodução Yotube
O arcebispo Ivan Jurkovič, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, pediu um debate urgente do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Bielorússia.
O uso de força excessiva e as violações dos direitos humanos contra cidadãos indefesos na Bielorússia foram o tema de um debate na sexta-feira, 17, em Genebra, na Suíça, perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O debate ocorreu durante a 45ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, intitulado “Sobre a Situação dos Direitos Humanos na Bielorússia”. O Arcebispo Ivan Jurkovič, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, também se dirigiu ao Conselho.
Santa Sé apela por resolução pacífica
Em seu discurso, Jurkovič disse que a Santa Sé tem acompanhado a situação na Bielorússia desde as eleições. Ele disse que a Santa Sé “renova seu apelo por uma solução pacífica e justa para as tensões por meio do diálogo sincero, da rejeição da violência e do respeito pela justiça e pelos direitos humanos e civis fundamentais”.
O religioso recordou a recente visita do arcebispo Richard Paul Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, de 11 a 14 de setembro. Com esta visita, “o Santo Padre demonstrou uma solicitude particular e tangível por todo o país e especialmente pela Igreja católica local”, explicou Jurkovič.
Ele expressou a esperança de que a visita de Gallagher possa “trazer uma compreensão mais profunda da missão eclesial da Igreja e do papel instrumental que ela desempenha na promoção da reconciliação social e da coesão nacional”.
Manifestantes devem ser ouvidos
Abordando especificamente os protestos em curso, Jurkovič expressou a posição da Santa Sé de que “é indispensável que os manifestantes apresentem os seus pedidos de forma pacífica. Também é necessário que as autoridades governamentais exerçam contenção e ouçam as vozes de seus cidadãos e permaneçam abertas às suas justas aspirações, garantindo o pleno respeito pelos seus direitos civis e humanos”.
Estas palavras são um eco dos pensamentos do Papa Francisco após o Angelus de domingo, 13.
Santa Sé, parceira disposta a se aprofundar no diálogo
Jurkovič concluiu dizendo que a Santa Sé deseja uma “resolução pacífica e rápida para as tensões em curso”. Para esse fim, o arcebispo salientou que a Santa Sé permanece aberta para participar de “qualquer discussão posterior que possa trazer a paz tão necessária”.
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