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Santa Sé diz que ninguém deve ser deixado para trás no desenvolvimento

Declaração do arcebispo Ivan Jurkovič exorta as nações ricas a não deixarem ninguém para trás em resposta à crise gerada pela pandemia

Da redação, com Vatican News

Arcebispo Ivan Jurkovič, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas / Foto: Reprodução Yotube

A Santa Sé, afirmou o Arcebispo Ivan Jurkovič nesta quarta-feira, 16, reconhece o profundo impacto que a crise provocada pela pandemia do coronavírus teve na sociedade e nas economias mundiais e exortou os estados membros da ONU a “não deixarem ninguém para trás” nas várias respostas que serão dadas à emergência atual.

O Arcebispo Jurkovič, Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas e outras organizações internacionais em Genebra, discursava na 45ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, focada no Direito ao Desenvolvimento.

Referindo-se à preocupação expressa pelo Relator do Direito ao Desenvolvimento pela “redução dos níveis de assistência”, bem como pela tendência de privatizações que no contexto das parcerias público-privadas poderiam transformar os serviços sociais em oportunidades geradoras de lucro, o arcebispo Jurkovič destacou a importância das medidas de vigilância para prevenir e enfrentar possíveis abusos nesta área.

Políticas fiscais

“A Santa Sé saúda o reconhecimento do papel desempenhado pela política fiscal no contexto do financiamento ao desenvolvimento e das oportunidades que se apresentam para a integração do direito ao desenvolvimento e à concretização da igualdade”, afirmou o arcebispo, recordando como o direito fiscal e a política monetária representam um meio poderoso para uma distribuição equânime da riqueza e o financiamento do desenvolvimento.

Abordagem global

O relator, continuou, também destacou que os estados são os principais responsáveis pela criação das condições nacionais e internacionais que favoreçam o direito ao desenvolvimento. “Uma abordagem global é fundamental”, explicou Jurkovič, assim como o envolvimento das populações mais vulneráveis “tanto em nível político como em termos de projeto na formulação de decisões sobre se e como financiar o desenvolvimento”.

“Isso deve estar no cerne do desenvolvimento humano integral, a fim de promover o exercício pleno da dignidade humana”, disse ele.

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