MIGRANTES E REFUGIADOS

Santa Sé pede proteção para vítimas de tráfico humano

O Observador Permanente para a Organização pela Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) reafirma a necessidade de sistemas de proteção efetivos para vítimas do tráfico humano

Da redação, com Vatican News

A Santa Sé pediu uma cooperação internacional mais estreita para garantir que as vítimas de tráfico humano recebam cuidados adequados e formas apropriadas de restauração.

Monsenhor Janusz Urbańczyk, Observador Permanente do Vaticano junto à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reafirmou este ponto em Viena na segunda-feira na 22ª Conferência da Aliança Contra o Tráfico de Pessoas, focada em como construir sistemas de proteção mais eficazes.

Aumento do risco de tráfico de seres humanos na crise da Ucrânia

Em sua declaração, Monsenhor Urbańczyk observou que o tema é especialmente relevante hoje à luz do impacto contínuo da pandemia de Covid-19 e das consequências da guerra em andamento na Ucrânia e da subsequente crise de refugiados.

De fato, desde o início da invasão russa em 25 de fevereiro, as agências humanitárias e da Igreja vêm trabalhando para evitar o aumento do risco de tráfico de pessoas para as pessoas que fogem do país. A maioria dos refugiados ucranianos são, de fato, mulheres e crianças, que estão particularmente expostas aos traficantes.

Isso também foi destacado pelo cardeal Michael Czerny, prefeito interino do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, durante sua recente visita à Hungria para encontrar refugiados ucranianos. Daí a necessidade de maior vigilância, disse Monsenhor Urbańczyk, observando que o tema da conferência deste ano complementa o do Dia Mundial de Oração e Conscientização contra o Tráfico Humano do Papa Francisco, que se concentrou em “O poder do cuidado. Mulheres, Economia e Tráfico de Pessoas”.

“É o trabalho perverso de traficantes de seres humanos e pessoas que procuram escravizar aqueles tão vulneráveis, oferecendo-lhes ajuda falsamente e depois prendendo-os”, disse.

Proteger as vítimas da deportação

O Observador do Vaticano destacou especialmente a necessidade urgente de proteger as vítimas de regulamentos e procedimentos que possam levar à deportação arbitrária, dizendo que “a cooperação entre os Estados é também um elemento essencial para garantir o tratamento legal das vítimas”.

“A necessidade de abordar a revitimização continua sendo uma prioridade”, ponderou. E também destacou a necessidade de procedimentos legais para proteger os familiares e amigos das vítimas, nos países de origem, trânsito e destino que “muitas vezes sofrem os efeitos secundários do tráfico, incluindo extorsão e descarte pela sociedade”.

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