Atenção aos refugiados

Portugal: Seminário e missionários da Consolata acolhem ucranianos

Iniciativas de solidariedade acontecem em Coimbra e Fátima; Famílias que fogem da guerra na Ucrânia são assistidas

Da redação, com Agência Ecclesia

Foto: Chris Liverani via Unsplash

Enquanto os missionários da Consolata acolhem em Fátima 11 refugiados ucranianos, o Seminário Maior da Diocese de Coimbra, em parceria com a União de Freguesias local, disponibilizou dois apartamentos para receber as famílias que fogem da guerra na Ucrânia.

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Segundo o padre Simão Pedro, missionário da Consolata, os ucranianos que vieram para a casa de Fátima (um casal com três filhos, uma mãe com dois filhos e uma avó com dois netos) estão felizes por, finalmente, chegarem a um porto seguro.

Os refugiados ucranianos chegaram “há cerca de três semanas”, trazidos pela Junta de Freguesia de Fátima e os Missionários da Consolata abriram as portas ao acolhimento de quatro adultos e sete crianças, com idades entre os quatro e os 12 anos.

Acolhimento e Assistência

“Por intermédio do padre Sílvio, ucraniano que reside em Fátima, chegou o pedido à Consolata para acolhimento de refugiados ucranianos que estivessem de passagem até conseguirem ficar autónomos”, explicou o sacerdote.

Os primeiros dias foram usados para “regularização da situação de todos”. Com a ajuda dos Missionários da Consolata, passados cinco dias, as “crianças já estavam inseridas em colégios de Fátima”.

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O presbítero conta que, atualmente, estes refugiados estão em uma “casa anexa para maior autonomia”. Os adultos estão aprendendo o português para depois “facilitar na procura de emprego”.

“O carisma dos Missionários da Consolata é atender e apoiar os que estão nas periferias e, neste momento, os refugiados da guerra da Ucrânia precisam de nós, Portugal tem sido grande exemplo de acolhimento”, conclui o religioso.

Solidariedade organizada

A inciativa do Seminário de Coimbra, de acordo com o padre Nuno Santos, surgiu da necessidade de viver a solidariedade de forma organizada.

“Houve um certo voluntarismo rápido, mas isto precisa de um acompanhamento, por exemplo, a nível da legislação e registo no SEF, em termos de tradução, de saúde, da alimentação. E quisemos estar sempre em articulação com os serviços da cidade, nomeadamente com a união de freguesias que tem esse procedimento”, disse o presbítero.

O reitor do Seminário Maior de Coimbra explica que, com o início da chegada dos ucranianos à cidade, a União das Freguesias de Coimbra – Sé Nova, Santa Cruz, Almedina, São Bartolomeu – foi contatada e foram disponibilizados dois apartamentos.

Padre contextualizou também que os apartamentos, “nesta fase inicial, foram vistos como solução de transição”, para as pessoas ficarem em um primeiro momento quando chegam à cidade porque muitas têm outros familiares, conhecidos ou contatos em Portugal.

O reitor explicou que disponibilizaram e preparam os espaços para receber quem foge da guerra na Ucrânia. Neste contexto, o sacerdote destacou o trabalho realizado por “uma equipe enorme”, que tornou possível que o espaço ficasse “muito acolhedor”.

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