O tema da santidade esteve presente em mensagens publicadas pelo Papa em seu Twitter ao longo desta semana, quando a Santa Sé realiza uma conferência sobre santidade
Mauriceia Silva
da Redação
A santidade tem sido ponto de partida para muitas mensagens do Papa Francisco. A temática tem estado presente não só nos tweets publicados em sua conta @Pontifex_pt como também em pronunciamentos recentes.
Nesta quinta-feira, 10, o Papa fez alusão à santidade que acontece no ordinário da vida. “Os santos não provêm de um “mundo paralelo”; são crentes inseridos na cotidianidade feita de família, estudo, trabalho, vida social, econômica e política. Em todos estes contextos, atuam sem medos, cumprindo a vontade de Deus.”
Na terça-feira, 8, a mensagem postada pelo Pontífice falou sobre a santidade como resposta ao amor querigmático vindo de Deus. “A santidade não é um programa de esforços e renúncias, mas é, antes de mais nada, a experiência de ser amados por Deus, de receber gratuitamente o seu amor, a sua misericórdia.”
Já na segunda feira, 7, Francisco trouxe uma proximidade da vida dos santos para os fiéis, dando destaque à humanidade contida neles e no próprio ser humano. “Leiamos a vida dos santos, pois eles mostram, de modo narrativo e compreensível, o estilo de Deus na vida das pessoas não muito diferentes de nós, porque os santos eram de carne e osso, como nós. As suas ações falam às nossas, ajudando-nos a compreender o seu significado.”
A santidade é para todos
Sobre o chamado universal à santidade, explica a constituição dogmática Lumen Gentium, cap. V: “A santidade é a vocação universal dos batizados, conforme nos ensina o Concílio, ao falar da Igreja”. Em outras palavras, todo cristão batizado é chamado à santidade.
No pontificado de Francisco, o tema da santidade também teve destaque na exortação apostólica Gaudete et exsultate, sobre o chamado à santidade no mundo atual.
Conferência sobre santidade
Essa santidade possível e tão revelada no pontificado de Francisco se expressou também na fala do Prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, Cardeal Marcelo Semeraro. Nesta quarta-feira, 9, ele abriu a conferência “Modelos de santidade e Canonizações 40 anos após a constituição apostólica Divinus Perfectionis Magister“, destacando o caráter eclesial da santidade.
“O Concílio, na prática, despojou ‘a noção de santidade de toda forma de individualismo’ dando ‘a toda santidade pessoal o caráter da eclesialidade’, para ser entendido, entretanto, como comunhão, onde se harmonizam ‘o pessoal e o comunitário’.”
Esta conferência, que termina amanhã, acontece na Pontifícia Univeridade Lateranense, promovida em parceria com o Comitê Pontifício de Ciências Históricas. Os três dias de estudo fazem um balanço dos 40 anos no campo da hagiografia (biografia dos santos), da teologia e do direito das Causas dos Santos, desde a publicação da constituição apostólica Divinus perfectionis Magister. Esse escrito do então Papa João Paulo II discorre sobre a legislação referente às causas dos santos.