Sacerdote é vice-reitor desde a cerimônia de dedicação e relata o aprendizado e gratidão durante esse tempo; ele se prepara para uma nova missão

Jéssica Marçal
Da Redação

“Cresci como cristão, como Canção Nova e como padre”, afirma o padre Márcio Prado, missionário da Comunidade Canção Nova, sobre o tempo em que exerceu a missão de vice-reitor do Santuário do Pai das Misericórdias. Neste domingo, 16, haverá a posse do novo vice-reitor: padre Wagner Ferreira da Silva, que também é vice-presidente da Comunidade Canção Nova. A Missa de posse será, às 15h, com o limite de 348 pessoas devido à pandemia, juntamente com um agradecimento ao padre Márcio, que segue para missão em Brasília (DF).

O Santuário, localizado na sede da Comunidade, em Cachoeira Paulista (SP), passou por momentos importantes nesse período em que padre Márcio foi vice-reitor. Um primeiro marco foi a cerimônia de dedicação, em 5 de dezembro de 2014, momento que padre Márcio guarda na memória. “A incensação do local, a unção do altar e das paredes do Santuário, os cânticos, a presença do povo, “Pai do Céu!” realmente o Céu desceu neste lugar”.

Outro momento marcante elencado pelo sacerdote foi o Ano da Misericórdia, vivido pela Igreja católica de dezembro de 2015 a novembro de 2016. “Ainda estávamos nos meses de funcionamento da igreja e para “confirmar” a inspiração do nosso pai-fundador, o Papa proclamou o Ano da Misericórdia. (…) Durante aquele ano, vi várias pessoas emocionadas ao entrar na igreja e ao olhar para o mosaico da Pai das Misericórdias”.

O templo teve ainda várias visitas internacionais de bispos e também do maestro do Vaticano, Monsenhor Marco Frisina. Mais recentemente, em dezembro passado, outro momento especial foi a bênção da Sala das Graças Alcançadas. 

“Aqui, vivi a oração, a fraternidade, a reconciliação, a missão; aqui, cansei e descansei no colo do Pai.”

O sacerdote enfatiza que tudo o que deu certo nesse tempo em que esteve na vice-reitoria foi devido a toda a equipe do Santuário – da secretaria, administração, acolhida, comunicação, missionários, colaboradores e voluntários – pessoas a quem ele expressa sua gratidão. “Claro, tenho consciência de que errei neste tempo, mas posso dizer que aprendi bastante com os erros e sempre quis acertar. Destaco que aqui vivi a oração, a fraternidade, a reconciliação, a missão; aqui, cansei e descansei no colo do Pai”.

Perguntado sobre o que leva de aprendizado desta missão, padre Márcio fala da vivência do sacerdócio de Cristo como filho e como pai. Ele conta que já sabia que precisaria ser filho em alguns momentos e pai em outros, mas este tempo no Santuário tornou isso ainda mais evidente.

Quero levar para toda minha vida essa experiência de filho perdoado, amado e comprometido a ser Sua imagem, Seu rosto paterno e misericordioso.

“O Pai do Céu é Pai mesmo, Ele cuidou e cuidará de mim, Ele me amou e me amará, Ele me perdoou e me perdoará sempre que eu voltar arrependido. Quero levar para toda minha vida essa experiência de filho perdoado, amado e comprometido a ser Sua imagem, Seu rosto paterno e misericordioso.

O cenário de pandemia

O Brasil vive, há meses, com a pandemia do novo coronavírus que afeta todo o mundo. Com a realidade de quarentena e isolamento social, até mesmo as atividades religiosas sofreram com isso: sem participação física do público e fechamento de igrejas.

Com o Santuário do Pai das Misericórdias não foi diferente, e a reabertura, ainda de forma gradual e seguindo os protocolos de segurança sanitária, será também neste domingo, 16, com o limite de 348 pessoas por celebração.

Porém, mesmo com o fechamento, as atividades continuaram. “Embora as portas estivessem fechadas nesse tempo, devido aos cuidados, nós não deixamos de trabalhar um só dia. Todos os dias, tivemos Missas, e durante a semana outras atividades apostólicas com transmissões pela internet. Foi um tempo de muita batalha espiritual e desgaste físico.”

“Que o Pai das Misericórdias abençoe hoje e sempre cada um e não nos esqueçamos de ser misericordiosos como o Pai.”

Apesar da tristeza, padre Márcio conta que foi possível aprender bastante e colher bons frutos. “Muita gente, graças ao Pai, converteu-se, muitos voltaram para “os braços do Pai”, afirma, destacando que a reabertura da igreja para os fiéis anuncia um tempo de esperança, um tempo de graça.

A mensagem de padre Márcio, ao final desse tempo no Santuário, é de gratidão. “Obrigado aos peregrinos que passaram pelo Santuário e pela Canção Nova nesse tempo, já me perdoem as falhas e peço que rezem por mim. Que o Pai das Misericórdias abençoe, hoje e sempre, cada um e não nos esqueçamos de ser misericordiosos como o Pai”.

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