Assessor nacional da Comissão para a Vida e Família da CNBB fala da importância de trazer a família novamente à pauta: “alegra o coração”
Jéssica Marçal
Da Redação
“Com alegria recebemos a notícia e o presente do Papa Francisco para celebrarmos o Ano da Família Amoris Laetitia, que vai ter início no dia de São Sosé, 19 de março de 2021, até dia 26 de junho de 2022”. A afirmação é do assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para Vida e Família da CNBB, padre Crispim Guimarães, sobre a iniciativa do Papa Francisco anunciada no último domingo, 27, festa da Sagrada Família.
A notícia, segundo padre Crispim, alegra o coração porque coloca em pauta para toda a Igreja a importância da família. Ele lembra que, após cinco anos da publicação da exortação apostólica pós-sinodal Amoris laetita, muitos trabalhos foram realizados no Brasil e no mundo. Agora, o Vaticano, sobretudo a partir do coração do Papa, sente a necessidade de trazer novamente a família à pauta.
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Como o anúncio é recente, o sacerdote explica que é preciso assimilar a novidade, embora a Comissão já tenha participado de alguns momentos com o dicastério para os Leigos, a Família e a Vida sobre a possibilidade desta celebração. “Vamos acompanhar tudo aquilo que for saindo a partir do Vaticano e continuar com nossas atividades programadas”.
Um dessas atividades é o simpósio on-line – devido à pandemia – que será realizado no início de maio de 2021 com a participação de teólogos de Roma e da América Latina. O evento de cinco dias vai celebrar os 40 anos da exortação apostólica Familiaris cosortio e os cinco anos da Amoris Laetitia e já estava programado há mais de um ano.
A proposta do Ano
Segundo padre Crispim, o Ano “Família Amoris Laetitia” busca reavivar a memória dos bispos, padres, leigos e das famílias sobre a importância dessa instituição, recordando tudo o que já foi discutido em dois sínodos sobre o assunto e que se materializou em forma de documento papal.
“Vamos programar nossas atividades para que, de maneira transversal, tudo o que possa se referir a esse Ano seja introduzido nos nossos encontros e simpósios. Os objetivos, a partir daquilo que já recebemos, para este ano é difundir o conteúdo da exortação apostólica Amoris laetitia que muita gente já esqueceu ou não chegou a ter contato”.
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O sacerdote acrescenta ainda como objetivo da iniciativa: tornar as famílias protagonistas da Pastoral Familiar; anunciar o sacramento do matrimônio como uma dádiva; conscientizar os jovens sobre a importância de viver a fé e se preparar para essa vocação; e alargar o olhar para a ação pastoral da família.
Padre Crispim informa que o Vaticano já estabeleceu algumas ações. Uma delas é que o Papa Francisco vai gravar os capítulos da Amoris laetitia, o que certamente chegará a muitas pessoas. Também serão apresentadas estratégias a partir do que o próprio dicastério para os Leigos, a Família e a Vida está recolhendo no mundo, com ações práticas para se desempenhar bem esse papel de família evangelizadora. Além disso, o sacerdote informa que outras propostas no Brasil irão surgir a partir das primeiras reuniões da Comissão Nacional da Pastoral Familiar no início de 2021.
“Vamos caminhando juntos com a Igreja, com o Papa, vamos nos preparando para celebrar bem. O que cada um pode fazer em casa, de imediato, é recobrar os conteúdos da Amoris laetitia, estudando, rezando com esses conteúdos com a sua própria família (…) Iremos dando outras notícias e indicações para que possamos celebrar esse ano tão bonito, tão significativo, juntamente com o Ano de São José, que faz resplandecer, portanto, o valor da família, sobretudo a partir da família de Nazaré”.
O Vaticano já lançou um site para o Ano “Família Amoris Laetitia”. Acesse aqui.