13 de agosto

Padre recorda primeiro milagre da Irmã Dulce dos Pobres

Neste sábado, 13, será comemorado o dia da Irmã Dulce, primeira santa brasileira; padre Almir narra como foi o primeiro milagre que levou a freira baiana à canonização

Huanna Cruz
Da Redação

Paróquia Santa Irmã Dulce dos Pobres / Foto: Divulgação

A primeira santa genuinamente brasileira tem seu dia comemorado neste sábado, 13. Trata-se de Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres, conhecida popularmente como o Anjo Bom da Bahia.

O processo da causa de canonização da religiosa baiana Maria Rita Lopes Pontes, a Irmã Dulce (1914-1992), foi iniciado em janeiro de 2000 e seu primeiro milagre foi validado pela Santa Sé em 2003, pelo então papa João Paulo II.

O milagre reconhecido aconteceu na cidade de Itabaiana, em Sergipe, quando as orações à religiosa teriam feito cessar uma hemorragia em Cláudia Cristina dos Santos, que padeceu durante 18 horas após dar à luz ao seu segundo filho.

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Quem marcou este acontecimento foi o padre Almir de Menezes, conhecido como o “Padre do Milagre”, já que foi através dele que a miraculada Cláudia Cristina dos Santos conheceu a devoção a Irmã Dulce.

Padre Almir / Foto: Ronnaldh Oliveira

Padre Almir narra que, no dia seguinte do parto do segundo filho de Cláudia, Gabriel, na Maternidade São José, começou uma forte hemorragia. O obstetra Antônio Cardoso avisou a família que apenas um milagre salvaria a sua vida. Foram 18 horas de tentativas em 3 cirurgias. Os médicos não conseguiram parar o sangramento. A maternidade não tinha UTI. Em Aracaju, a 50 quilômetros de distância, Cláudia teria melhores condições de tratamento. No entanto, era impossível transferi-la naquele estado. Para piorar a situação, seus rins pararam e também não tinha um nefrologista disponível.

O padre José Almir de Menezes já tinha sido pároco na cidade de Cláudia, Malhador. Ele estava em Aracaju e recebeu a notícia do que estava acontecendo por sua irmã. Ciente da situação, ele se dirigiu à maternidade com uma foto da Irmã Dulce, de quem já era devoto.

“Perguntei a Cláudia se ela acreditava que a freira poderia interceder pela sua saúde e ouvi um sim. As orações se iniciaram e, entre dois e três dias depois, ela recebeu alta. A equipe médica ficou impressionada, pois não houve nenhuma complicação. Ela teve recuperação rápida, uma boa cicatrização e nenhuma infecção.”

Cláudia confessou que naquela época estava com a fé “fraca”. Ela também contou ao padre que não conhecia direito a vida da Irmã Dulce. A miraculada disse ao padre que “as coisas acontecem na vida da gente para aumentar a nossa fé”.

Padre Almir afirma que, depois deste acontecimento, ele, que já era devoto da Irmã Dulce, tornou-se um grande propagador da devoção e que se espelha nela para viver as três virtudes teologais que é a fé, a esperança e a caridade. E ainda ressalta que é possível ver a ação do Espírito Santo na vida e nas obras da irmã Dulce.

Para o sacerdote, é uma grande benção poder participar do primeiro milagre da irmã Dulce. “Que honra é para um simples padre como eu ter a graça de ser ouvido por Deus e por intercessão da Irmã Dulce, contemplar o milagre de Deus na vida da Claudinha”.

Paróquia Santa Irmã Dulce dos Pobres, a primeira em Sergipe / Foto: Divulgação

Paróquia dedicada a Santa Dulce dos Pobres

Hoje, o padre Almir é pároco da primeira paróquia dedicada a Santa Dulce dos Pobres, em construção, em Aruanã, em Aracaju, (SE). Para a sua vida e para os seus paroquianos, o padre Almir leva uma frase da Irmã Dulce dos pobres que é “Tudo o que fizermos é pouco diante de tudo que Deus faz por nós”.

Em comemoração ao dia de Santa Dulce dos Pobres, neste 13 de agosto, a Paróquia Dulce dos Pobres promoverá uma carreata que percorrerá as ruas da pequena Zona de Expansão na Aruanã. Em seguida, acontecerá uma celebração festiva em comemoração a Santa Dulce dos Pobres. 

 

 

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