Objetivo da Assembleia Nacional dos Organismos do Povo de Deus é fortalecer a unidade eclesial na diversidade de carismas e vocações, em clima de fraternidade e de alegria diante da missão comum a todos
Da Redação, com CNBB
Começa nesta sexta-feira, 14, em Brasília, a 10ª Assembleia Nacional dos Organismos do Povo de Deus (ANOPD). Os seis organismos de comunhão na Igreja do Brasil ficarão reunidos até o dia 16 de outubro.
Com o tema “Comunhão e Missão: caminho para a Igreja no Brasil”, serão três dias de encontro com cerca de 200 delegados dos Organismos que congregam os bispos (CNBB), padres (CNP), diáconos (CND), religiosos e religiosas (CRB). Também participarão do encontro consagrados seculares (CNISB) e os cristãos leigos (CNLB). Eles vão refletir sobre a sinodalidade na Igreja do Brasil.
Além do estudo e aprofundamento de temas, nesse contexto, a Assembleia se pronuncia sobre importantes fatos da conjuntura do momento. Ao término dos trabalhos, publica sua “Mensagem Final”, como aponta o texto ‘Memória das assembleias e seu contexto atual’, publicado em junho de 2021 pela revista “Um olhar”, do CNLB.
De acordo com o arcebispo de Belo Horizonte (MG), e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, os Organismos do Povo de Deus são dom de Deus. “São importantíssimos e necessários porque eles, além de abrangentes, abrem caminhos de experiências muito ricas e importantes a segmentos do povo de Deus necessários e fundamentais para este novo caminho, sobretudo na evangelização, dentro da Igreja e fora da Igreja. Portanto, é um grande dom”.
Ainda segundo a revista “Um olhar”, as raízes da ANOPD estão no Concílio Ecumênico Vaticano II, “na nova configuração eclesial proposta pela Lumen Gentium”.
Urgências da ação evangelizadora
Realizada desde 1991, as Assembleias Nacionais dos Organismos do Povo de Deus atendem ao que foi aprovado pelos Bispos do Brasil no Documento 105: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade” – “Sal da Terra e Luz do Mundo”, (Mt 5, 13-14)”.
No número 274 ‘c’ do documento, que apresenta os desafios e urgências da ação evangelizadora dos cristãos leigos e leigas no mundo e suas consequências práticas, está o objetivo de “efetivar o processo de participação, dos vários sujeitos eclesiais.”
Desta forma contribui para a consciência e o testemunho de comunhão como Igreja, tornando regulares as Assembleias Nacionais dos Organismos do Povo de Deus.
Nesse caminho, a Assembleia vai se firmando como expressão de sinodalidade na Igreja no Brasil, assim como destaca o texto da Comissão Teológica Internaciona,l ‘A sinodalidade na vida e na missão da Igreja’, que em seu número 67 descreve que:
“Uma Igreja sinodal é uma Igreja participativa e corresponsável. No exercício da sinodalidade, esta é chamada a articular a participação de todos, segundo a vocação de cada um, com a autoridade conferida por Cristo ao Colégio dos Bispos, tendo o Papa como cabeça”.