Devoção

No mês de São José, professor Felipe Aquino destaca virtudes do santo

Em 2021, não só março é dedicado a São José, mas todo o Ano; está é uma oportunidade para conhecer melhor o pai adotivo de Jesus

Thiago Coutinho
Da redação

Igreja celebra mês dedicado a São José / Foto: Daniel Ibanez – CNA

Março é o  mês de São José, celebrado no dia 19. Em 2021, uma recordação especial, tendo em vista o Ano de São José, instituído pelo Papa Francisco por ocasião dos 150 anos da declaração do santo como padroeiro da Igreja Universal. 

O anúncio deste evento foi feito pelo Santo Padre por meio da carta apostólica Patris corde. Até 8 de dezembro deste ano, o pai adotivo de Jesus Cristo será celebrado por toda a Igreja.

“Nestes tempos difíceis de pandemia e de grande apostasia, São José nos socorre com suas preces diante de Seu amado Filho. Na Terra, é nosso protetor; no Céu, é nosso intercessor. Os fiéis devem consagrar-se diariamente a São José com as orações aprovadas pela Igreja. Podem, inclusive, ganhar indulgências plenárias, cumprindo as demais condições exigidas pela Igreja.” A explicação é do professor Felipe Aquino, autor de vários livros de formação católica.

Mesmo com as restrições na pandemia, a devoção a São José pode ser feita com uma dedicação especial dos fiéis. “É bom que os fiéis possam ler algum bom livro sobre a vida do santo e rezar em algum devocionário sobre ele. Há muitas orações belas dedicadas a ele: Novena, o Terço de São José, Coroa das suas sete dores etc.”

A importância da figura de São José

A tradição cristã sempre teve uma especial atenção à importância do “sim” de Maria. Esposo humilde e justo, São José também é uma figura importante na história da salvação, embora apareça de forma mais oculta. “A ele, Deus confiou seus maiores tesouros”, detalha o professor. “O seu silêncio, fidelidade e amor brilham de maneira oculta nas páginas do Evangelho. Ele dedicou sua vida toda a Deus, sem qualquer exigência. Defendeu o Filho de Deus do sanguinário Herodes e cuidou da família de Nazaré”, acrescenta.

O desafio dado a José de aceitar o anúncio de que sua futura esposa seria mãe do Filho de Deus pode não ter sido fácil. Algo que só revela mais de sua fé e integridade. “No seu silêncio e angústia, entregou-se nas mãos de Deus e foi socorrido. Isso nos ensina a não duvidar da ação amorosa de Deus em todos os acontecimentos de nossa vida, especialmente nos momentos de tribulação e aflição”, pondera o professor.

A história de São José e a semelhança com o drama dos migrantes

A história de vida de São José é muito parecida com o drama hoje vivido pelos migrantes, que fogem em busca de um local onde possam ter uma vida digna. Pode-se dizer que, infelizmente, as dificuldades vividas por José ainda fazem parte do mundo contemporâneo.

“É grande o drama dos migrantes em todos os tempos, e mais ainda hoje em nosso mundo incoerente, que tem o suficiente para o sustento de todos, mas não tem amor ao ser humano; prefere mais os animais do que os homens. Assim como José e Maria tiveram que fugir para o Egito para que Herodes não matasse Jesus, hoje também muitos são perseguidos em sua pátria devido à perseguição às etnias, às guerras e às perseguições religiosas”, analisa Aquino.

A Igreja pede, porém, que essas pessoas sejam acolhidas e que seus costumes sejam respeitados. “O Papa é um incansável defensor deles, e até colocou na ladainha Lauretana de Nossa Senhora a invocação: ‘Socorro dos migrantes, rogai por nós!'”, finaliza.

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