Dom Orani Tempesta divulgou mensagem por ocasião do Dia Internacional da Mulher celebrado nesta segunda-feira, 8
Da redação, com Arquidiocese do Rio de Janeiro
O arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani Tempesta divulgou, nesta segunda-feira, 8, uma mensagem por ocasião do Dia Internacional da Mulher. Nossa Senhora foi frisada pelo presbítero, como exemplo de mulher e de mãe para todas as mulheres.
Em seu texto, o prelado frisou a importância da mulher na sociedade e recordou as conquistas sociais, políticas e econômicas que obtiveram ao longo dos anos.
A desigualdade de gênero foi criticada pelo bispo, que pediu maior reconhecimento das mulheres na sociedade. “Devemos mudar a mentalidade por vezes ‘machista’ presente na sociedade”, afirmou.
O feminicídio também foi abordado pelo cardeal Orani. “A mulher deve ser preservada de toda forma de violência, a mulher deve ser amada e respeitada e dar a ela o devido lugar na sociedade”. Confira a íntegra da mensagem do arcebispo:
Mensagem de Dom Orani
Celebramos, anualmente, no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, data em que devemos lembrar e render graças a Deus por todas as mulheres que fazem ou fizeram parte da nossa vida. Embora todos os dias devessem ter essa comemoração, no entanto, algumas datas nos apontam para situações importantes em nossas vidas. Neste dia, de maneira especial, elevemos a Deus uma prece de ação de graças por nossas mães que nos deram a vida e nos educaram com esforço e dedicação durante a vida. E lembremos daquelas mulheres que convivem conosco no dia a dia, as esposas, as secretárias no trabalho, as colaboradoras e profissionais de diversas áreas.
Enfim, rezemos nesse dia para que todas as mulheres tenham os seus direitos assegurados e a sociedade como um todo possa compreender o papel e a missão da mulher. Esse dia é justamente para isso, mais do que lembrar uma simples data comemorativa, é um dia para agradecer as conquistas e as lutas que as mulheres obtiveram ao longo dos séculos.
Essa data é uma celebração de ação de graças pelas conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo dos anos, tendo sido adotado pela Organização das Nações Unidas e, consequentemente, por diversos países. A luta das mulheres por melhores condições de vida e trabalho começou a partir do final do século XIX, principalmente, na Europa e nos Estados Unidos.
A principal reivindicação apresentada por um grupo de mulheres da época eram as jornadas de trabalho de 15 horas diárias, os baixos salários e a discriminação eram alguns dos pontos que eram debatidos. A cada ano que celebramos o Dia Internacional da Mulher, lembramos desses direitos conquistados e lutamos para eles sejam mantidos.
O Dia Internacional da Mulher, nos dias atuais, além do caráter festivo e comemorativo, ainda continua servindo como conscientização para evitar as desigualdades de gênero em todas as sociedades.
É necessário que a sociedade como num todo tenha consciência de tudo aquilo que as mulheres conquistaram ao longo do tempo e agora não prive as mulheres desses direitos. Devemos mudar a mentalidade por vezes “machista” presente na sociedade hoje. Os homens não devem achar que as mulheres só devem ser “donas de casa” e privá-las do trabalho fora de casa. Neste Dia Internacional da Mulher não podemos deixar de lembrar da figura de Nossa Senhora, um exemplo de mulher e de mãe para todas as mulheres. Quantas mulheres que trazem em seu nome, o nome de Maria, que a exemplo de Nossa Senhora elas tenham forças diante das adversidades da vida e possam guardar tudo em seu coração e meditar em tudo que acontece.
Nos dias de hoje, sobretudo devido à pandemia da Covid-19, ouve-se muito falar em feminicídio, ou seja, qualquer forma de violência contra a mulher. A mulher deve ser preservada de toda forma de violência, a mulher deve ser amada e respeitada e dar a ela o devido lugar na sociedade.
O Papa Francisco ensina que: “A mulher é a harmonia, é a poesia, é a beleza. Sem ela, o mundo não seria assim tão belo. Não seria harmônico.” “Onde as mulheres são marginalizadas, é um mundo estéril, porque as mulheres não só dão a vida, mas nos transmitem a capacidade de olhar além, de sentir as coisas com o coração mais criativo, mais paciente, mais tenro.” “Também gosto de pensar que a Igreja não é ‘o’ Igreja, é ‘a” Igreja. A Igreja é mulher, é mãe. Isto é belo!” (https://www.vaticannews.va/…/papa-francisco-mulheres…, último acesso em 05 de março de 2021.)
Neste dia 8 de março, elevo a Deus as mais especiais bênçãos por todas as mulheres, particularmente, pelas catequistas e por todas as mulheres agentes de pastoral em nossa Arquidiocese.
Portanto, nesse Dia Internacional da Mulher, rendamos graças a Deus por todas as mulheres presentes na nossa vida. Façamos uma ligação ou passemos uma mensagem a elas e, sobretudo, lutemos juntos pelos direitos femininos.
Ofereçamos nesse dia uma rosa a cada mulher e a rosa mais bela que podemos oferecer é uma prece, pedindo a intercessão de Nossa Senhora por cada mulher. Para que a exemplo da Virgem Maria possam meditar e guardar tudo em seu coração e superar todas as dificuldades da vida.
Amém.
Virgem Maria, rogai por nós e abençoai todas as mulheres, Amém!
Orani João, Cardeal Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ