SOLIDARIEDADE

Instituições realizam arrecadação para vítimas de incêndios no Havaí

Imagens de Lahaina, a cidade mais afetada com mais de 12 mil habitantes, são apocalípticas, com prédios e casas queimadas, ruínas e cinzas por toda parte

Da redação, com Vatican News

Lahaina, cidade com 12 mil habitantes, foi a mais afetada pelos incêndios / Foto: Reprodução Reuters

O número de mortos nos incêndios que devastaram a ilha de Maui, no Havaí, na semana passada, subiu para 111. Os desaparecidos são mais de mil, disse na quinta-feira, 17, o chefe da polícia de Maui, John Pelletier. “Ninguém — acrescentou — jamais viu algo assim, nem desta dimensão nem em número. E ainda não acabou”.

As instituições de caridade católicas do Havaí (“Catholic charities”), com sede em Honolulu, lançaram uma campanha on-line para arrecadar fundos para ajudar as pessoas afetadas pelos incêndios devastadores em Lahaina, na ilha de Maui. O valor arrecadado será utilizado para “abrigos temporários, assistência financeira, apoio às necessidades básicas, ajuda na reconstrução de casas e atividades de aconselhamento”.

A organização católica também tem um escritório em Kahului, na ilha de Maui, que foi forçado a fechar para garantir a segurança de seu pessoal. “Pedimos a todos que fiquem seguros e ouçam a TV/rádio local e outras atualizações da mídia sobre a situação atual”, foi o pedido.

O Maui Community Office promove a missão das Catholic Charities Hawaii na ilha de Maui em parceria com a comunidade local, fornecendo assistência aos necessitados em Kaului, Lanai e Molokai.

“Só podemos imaginar a angústia que muitos estão experimentando atualmente como resultado dos incêndios florestais destrutivos em Maui, e nossos pensamentos e orações vão para eles”, diz Catholic Charities of Hawaii: “Como uma comunidade de esperança, podemos ajudar os necessitados a superam essa tragédia e reconstruir suas vidas por meio do apoio. Obrigado por sua consideração e apoio contínuo enquanto navegamos juntos neste momento difícil.”

As imagens de Lahaina, a cidade mais afetada com mais de 12 mil habitantes, são pocalípticas, com prédios e casas queimadsas, ruínas e cinzas por toda parte. Estima-se que os prejuízos cheguem a 5,5 bilhões de dólares, mas os danos ao ecossistema ainda estão por ser estimados.

Este doi o incêndio mais mortal da história dos Estados Unidos desde 1918, quando 453 pessoas morreram em Minnesota e Wisconsin. O número de mortos no Havaí já superou o de um incêndio em 2018 na Califórnia, que havia provocado 86 mortes.

Abandono de cargo

O chefe da Agência de Gerenciamento de Emergências de Maui, Herman Andaya, renunciou depois de dizer que não se arrependia de não ter usado acionado as sirenes para alertar os moradores sobre incêndios florestais que devastaram a comunidade balneária em Lahaina. A decisão da agência, somada à falta de água que interferiu no trabalho dos bombeiros e uma rota de fuga que ficou lotada de veículos, suscitou fortes críticas de muitos moradores.

O prefeito Richard Bissen aceitou a renúncia de Andaya com efeito imediato, citando motivos de saúde não especificados, sem fornecer mais detalhes. “Dada a gravidade da crise que enfrentamos, minha equipe e eu colocaremos alguém nesta posição-chave o mais rápido possível”, disse Bissen. Andaya havia defendido a decisão de não soar as sirenes enquanto as chamas aumentavam. Acredita-se que o Havaí tenha um dos maiores sistemas de sirene de alerta ao ar livre do mundo. Andaya deveria comparecer a uma reunião da Comissão de Bombeiros e Segurança Pública de Maui na manhã de quinta-feira, mas foi cancelada.

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