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CELEBRAÇÃO

Igreja celebra onze anos do pontificado de Francisco

Treze de Março é dia de fazer memória para entender os rumos da Igreja Católica sob a liderança de Francisco

Sidinei Fernandes e Rafael Tedesco
Canção Nova, SP

Há exatos 11 anos, o Cardeal argentino Jorge Mário Bergoglio era eleito Papa após a renúncia de Bento XVI. O Papa Jesuíta com estilo franciscano têm buscado restaurar a Igreja e aproximá-la daquela que Jesus desejou.

Passava das oito da noite na cidade eterna, quando o mundo viu um bispo de rosto latino na sacada da Basílica de São Pedro. Populações dos quatro cantos da terra queriam ouvi-lo. Quem era o sucessor de Pedro escolhido pelos Cardeais? Se a primeira impressão é a que fica, o argentino Jorge Mario Bergoglio usou a virtude da simplicidade como marca de seu ministério.

“Vocês sabem que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo? Eis-me aqui! Antes, peço-vos um favor: peço-vos que rezeis ao Senhor, para que me abençoe! É a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu bispo”, disse o Papa Francisco.

O ex-secretário do Dicastério para os Leigos, Família e a Vida, padre Alexandre Awi Mello, comenta sobre este momento: “Ele começou a fazer gestos que impressionaram e impressionam o mundo. Gestos como pedir a bênção do povo antes de abençoá-lo”.

“Ele que é o sucessor do Apóstolo Pedro, que era um pescador. Então acho que ele tentou trazer de volta esta imagem do Papa pescador, do Papa simples, do Papa bispo”, acredita o jornalista especializado na cobertura do Vaticano, Filipe Domingues.

O primeiro Papa jesuíta da história. Começava ali um novo capítulo da história da Igreja. Lumen Fidei (Luz da Fé), sua primeira encíclica publicada em junho de 2013, é uma continuidade de um tesouro elaborado por Bento XVI. O Documento esclarece pontos essenciais sobre a fé em Jesus Cristo, a fé e a verdade e a fé na evangelização e na caridade.

“De fato, o Papa Francisco pegou esta encíclica em andamento e concluiu a sua elaboração. Ele mesmo disse que era uma encíclica elaborada a quatro mãos: do Papa Bento XVI e dele próprio. Mas é claro que ela vai ao ponto focal da questão: a fé”, explica o arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer.

“Ela completa o ciclo de três documentos do Bento XVI sobre as principais virtudes, a fé, esperança e a caridade. Ele já tinha escrito duas sobre a esperança e a caridade, e faltava a da fé”, lembra o vaticanista Filipe Domingues.

No mesmo ano, Francisco lançou a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium ou Alegria do Evangelho. Trata-se do primeiro documento papal que aborda elementos da vida pastoral e revela o “sonho de uma Igreja em Saída”. Francisco desejava uma igreja como “hospital de campanha”. A mensagem se tornou uma pedra angular de seu pontificado.

“A questão da renovação do Ministério da Palavra, da pregação. A questão da conversão pastoral, a tônica missionária da Evangelii Gaudium e assim por diante. E a dimensão social da evangelização”, destaca Cardeal Scherer.
Padre Alexandre Awi complementa: “Ele convida toda a Igreja a praticar esta atitude revolucionária da ternura e do afeto”.

No coração do Papa Francisco, uma igreja ferida, acidentada, lameada, que sai em missão, é melhor do que uma igreja fechada em si mesma, preocupada em ser o centro e cheia de procedimentos. Baseado neste conceito, em 2015, o Santo Padre lançou um novo olhar sobre a relação do ser humano com as demais criaturas.

Ao escrever a Encíclica Laudato Si (Louvado sejas), Francisco falou de grandes questões ambientais, como a exploração desenfreada de recursos naturais, consumismo e as desigualdades sociais. Questionou o papel do homem como manipulador da natureza e não como guardião da Criação Divina.

“Essas coisas que aparecem na Encíclica Laudato Si fazem parte da visão desta ética que envolve também a responsabilidade pelo mundo, pelo ambiente, pela natureza. Mas também eu diria o seu veio franciscana. O Papa é jesuíta, mas assumiu o nome de Francisco”, afirma Dom Odilo Scherer.

Com o olhar piedoso, o Santo Padre instituiu 2015 como ano da Misericórdia.

Em 2016, o Papa que muitas vezes citou os ensinamentos da avó, jogou luz sobre a família como um pilar de transmissão da fé. Na Exortação Apostólica Amoris Laetitia, Francisco demonstrou o zelo pastoral pelas famílias.
“Muitos problemas da vida social, da vida econômica e também da Igreja se resolvem na medida em que nós fortalecemos e apoiamos a família”, enfatiza o cardeal Scherer.

Em 2018 Francisco exortou os fiéis a uma conversão interior e os chamou à santidade. Convocou os jovens para o discernimento vocacional e a seguirem Jesus Cristo como modelo de vida. [Leia a Exortação Apostólica Christus vivit]

“A grande mensagem que nós temos para os jovens de hoje é que Deus ama a cada jovem. A cada jovem que Cristo salva, a cada um de nós”, afirma Padre Alexandre Awi.

Nos primeiros cinco anos como líder da igreja católica, o Papa do fim do mundo, como ele mesmo disse, revelou a espinha dorsal de sua missão, que busca uma igreja fundamentada em Cristo; que cuida e acolhe, sobretudo, os pobres e que todos somos uma única família: a humana.

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