Antes de rezar o Angelus, Francisco refletiu sobre o Evangelho do dia e exortou fiéis a pedirem a Deus que tenham “olhar de misericórdia” e não julguem os irmãos
Da Redação, com Vatican News
Papa Francisco acena para fiéis reunidos para a oração do Angelus / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect
Neste domingo, 10, o Papa Francisco rezou o Angelus junto aos fiéis reunidos na Praça São de Pedro. Como de costume, ele fez uma breve reflexão sobre a Liturgia do dia antes de prosseguir para o momento da oração mariana.
Neste 4º Domingo da Quaresma, o Evangelho narra um trecho do encontro entre Jesus e Nicodemos, um fariseu. O Pontífice observou que o chefe dos judeus reconheceu Jesus como um mestre enviado por Deus e foi encontrá-lo à noite para não ser visto. Além disso, destacou que, durante a conversa, o Senhor declarou que não veio ao mundo para condenar, mas para salvar (cf. Jo 3,17).
O Santo Padre pontuou que Cristo revela, com frequência, as intenções das pessoas que encontra, às vezes, desmascarando falsas intenções; às vezes, levando seus interlocutores a refletir sobre a desordem de suas vidas.
“Diante d’Ele não há segredos: Ele lê os corações”, afirmou Francisco, acrescentando que “essa capacidade pode ser inquietadora, porque, se mal utilizada, prejudica as pessoas, expondo-as a julgamentos impiedosos”.
Olhar de misericórdia
“Ninguém é perfeito, todos somos pecadores, todos erramos”, prosseguiu, “e se o Senhor usasse o conhecimento de nossas fraquezas para nos condenar, ninguém poderia ser salvo”. Contudo, enfatizou o Papa, Jesus não usa este conhecimento para acusar, mas para libertar os homens do pecado e salvá-los. “Ele não quer que nenhum de nós se perca. Jesus não veio para condenar, mas para salvar o mundo”, ressaltou.
Por fim, o Pontífice exortou todos a pedir a Deus um olhar de misericórdia, a fim de não julgar os outros, mas ajudá-los. “Peçamos ao Senhor que nos dê esse olhar de misericórdia, que olhe para os outros como Ele olha para todos nós”, concluiu.
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