Nhá Chica é celebrada nesta terça-feira, 14; Confira o testemunho de devotos da beata
Nathália Cassiano
Da Redação
Nesta terça-feira, 14, a Igreja celebra a memória da beata Francisca de Paula de Jesus, popularmente conhecida como Nhá Chica. Nascida em Santo Antônio do Rio das Mortes, distrito de São João del-Rei (MG), a beata mudou-se ainda pequena para Baependi (MG), onde a devoção por ela é bem forte.
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Devido ao seu testemunho de fé, sua caridade para com os irmãos e, sobretudo, por não fazer acepção de pessoas, a bem-aventurada atrai muitos devotos. Entre eles está o mineiro de Passa Quatro Ricardo Vieira Diamantino. Frequentador do Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Baependi, o devoto conta como foi seu primeiro contato com a beata:
“Eu só ouvia falar, mas me aproximei de fato dela quando minha irmã se mudou para Baependi (MG). Fui visitá-la e, com isso, resolvi conhecer o instituto de Nhá Chica. Quando a conheci, apaixonei-me pela sua história. Mesmo sendo uma mulher pobre, negra, analfabeta, ela foi uma mulher de muita fé, alguém que sempre ajudou os pobres”, recorda.
Diamantino reforçou que a beata atendia todos que a procuravam, levava a todos palavras de conforto e conselhos. Foi uma mulher de fé nesta terra, disse o devoto.
Mulher de fé
A fama de santidade de Nhá Chica foi se espalhando de tal modo, que pessoas de muito longe começaram a visitar seu instituto. As pessoas desejavam conhecer a beata, conversar com ela, contar dores e necessidades, além de pedir-lhe orações.
Ricardo lembra de duas de suas experiências de fé com Nhá Chica. A primeira foi em seu trabalho de conclusão de curso (TCC), que foi aprovado pela intercessão dela:
“O prazo era de seis meses para entregar o TCC. Nessa época, eu estava com dificuldade e acabei adoecendo; tive depressão e ansiedade. Após esse período, foi me dado mais um prazo de três meses para conseguir apresentar o trabalho, caso contrário, eu não iria concluir a graduação. Naquele momento, eu me agarrei aos pés de Nhá Chica e consegui tirar nota 10 sem nenhuma correção”, comenta.
A segunda experiência, considerada pelo devoto como a mais marcante, foi o milagre na vida de seu pai, que precisou fazer duas vezes a mesma cirurgia devido a um sangramento. “Meu pai, precisou fazer uma cirurgia do coração, um procedimento chamado pontes de safena e mamária. Só que, após a cirurgia, ele teve um sangramento, e precisou novamente fazer a cirurgia”.
Na época, Ricardo trabalhava no fórum de Passa Quatro, e lá ganhou de uma religiosa do Instituto de Nhá Chica a relíquia da beata. “Mais uma vez, rezei muito com a relíquia, coloquei-a debaixo do travesseiro, pedindo um milagre na vida do meu pai, e assim ela me concedeu esta graça. No outro dia, meu pai amanheceu muito melhor, e até os médicos falaram que foi um milagre”.
Abrir as portas
Outra devota de Nhá Chica é Vitória Ferreira Guedes. Natural de Carmo de Minas (MG), ela participa da Paróquia Nossa Senhora do Carmo. Vitória conheceu a beata ainda muito criança, cresceu ouvindo os milagres realizados pela intercessão dela.
Através de Nhá Chica, a devota já alcançou inúmeras graças, sobretudo um emprego. “Depois que me formei, eu precisava de um emprego, queria muito trabalhar, mas não conseguia nada na minha área. Depois de meses tentando sem sucesso, uma pessoa me falou sobre uma oportunidade de trabalho no Santuário Nhá Chica, na área de comunicação”, recorda.
“Mais uma vez, percebi o carinho de Nhá Chica, que abriu as portas para que eu pudesse estar pertinho dela, trabalhando para levar a história de vida e santidade dela para mais pessoas”, afirma.
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