DEVOÇÃO

Fiéis se reúnem para celebrar Frei Galvão, primeiro santo brasileiro

Atividades no Santuário Frei Galvão começaram às 6h; celebrações se estendem até o fim da tarde, com uma procissão solene às 17h

Gabriel Fontana
De Guaratinguetá (SP)

Fiéis reunidos no Santuário de Frei Galvão na missa com Dom Orlando Brandes / Foto: Gabriel Fontana

25 de outubro é dia de muita festa em Guaratinguetá (SP). Nesta quarta-feira, a Igreja celebra Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o Frei Galvão, primeiro santo brasileiro. Todos os anos, uma multidão de fiéis se desloca até o Santuário localizado no Vale do Paraíba paulista para celebrar a vida do franciscano.

O reitor do Santuário Frei Galvão, Frei Diego Melo, expressou a alegria de receber tantos peregrinos, frisando a missão de divulgar a devoção ao santo franciscano. Além disso, destacou a vocação de Frei Galvão a fazer o bem e estar sempre pronto a ajudar o próximo. “Frei Galvão se tornou santo no serviço, na doação da sua vida, na ajuda aos mais necessitados. Que esse grande exemplo do primeiro santo brasileiro inspire a todos nós a buscarmos uma santidade concreta, que se faz pelo serviço, doação e entrega”, manifestou.

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As atividades do dia começaram às 6h, com a Missa Solene da Alvorada. Logo após, às 9h, o arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, presidiu a celebração eucarística. Em sua homilia, o religioso referiu-se a Frei Galvão como “o apóstolo da caridade e da paz”, especialmente em um mundo que não consegue encontrar a paz. “A paz é possível, mas com a força da caridade, do bem e do perdão”, pontuou Dom Orlando, indicando ainda que “onde não há justiça social, não há paz”.

Vocação à santidade

Imagem de Frei Galvão no santuário dedicado ao santo / Foto: Gabriel Fontana

Refletindo sobre o tema da Festa de Frei Galvão deste ano, “Vocação e Missão de Frei Galvão”, o arcebispo apontou para a vocação à santidade. Segundo ele, Deus deu ao povo, em Sua sabedoria, os santos não somente para interceder ao Pai diante de suas necessidades, mas para dar testemunho e se configurar como exemplos a serem imitados.

“Pedir para Frei Galvão é fácil. Ver e imitar o exemplo de Frei Galvão não é tão fácil, mas é possível”, explicou Dom Orlando. Ele também indicou que “santidade é ser um pouquinho melhor do que somos”, em um caminho que se constrói dia a dia a partir da fé, baseada na doação e na fidelidade.

Vida e conselhos de Frei Galvão

O religioso ainda refletiu sobre alguns aspectos da vida de Frei Galvão, como sua devoção a Virgem Maria, sua adoração à Sagrada Eucaristia e alguns títulos pelos quais o santo é conhecido, a partir de suas obras realizadas em vida. Entre eles, recordou como o franciscano era um defensor da vida, e exortou os fiéis reunidos no Santuário a bradar juntos: “vida sim, aborto não”.

Encerrando sua homilia, Dom Orlando citou alguns conselhos deixados por Frei Galvão. O primeiro, ligado à vida espiritual e à intimidade com Deus. “Sem oração, caímos no precipício do mal”. O segundo retoma o sofrimento de São Francisco de Assis diante da indiferença dos homens a Jesus Cristo, dizendo que “o Amor não seja ofendido”. Por fim, o terceiro conselho exorta os fiéis à unidade: “vivam unidos”.

Atividades continuam

Ao final da Santa Missa, Dom Orlando Brandes abençoou o povo reunido com uma relíquia de primeiro grau de Frei Galvão. A programação do dia prevê ainda a celebração de outras três Missas: às 12h, às 15h (presidida pelo Provincial Franciscano, Frei Paulo Roberto Pereira, com transmissão da TV Canção Nova), e às 19h. Ainda estão programados o Terço da Misericórdia, às 14h50 (também com transmissão da TV Canção Nova) e uma procissão solene, às 17h.

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