Nesta terça-feira

Santuário Frei Galvão aguarda fiéis para a festa do santo

Frei Galvão será celebrado nesta terça-feira, 25; festa aguarda cerca de 50 mil pessoas, mas mais que números, quer que todos saiam fortalecidos na fé na Ressurreição de Cristo

Huanna Cruz e Jéssica Marçal
Da Redação

Imagem de São Frei Galvão /Foto: Arquivo Canção Nova

O Santuário Frei Galvão aguarda cerca de 50 mil fiéis para festa do santo nesta terça-feira, 25. Segundo o frei Leandro Costa Santos, colaborador do Santuário, mais do que quantidade, o objetivo é que todos saiam mais fortalecidos em sua fé na Ressurreição de Cristo. É justamente este o mistério que a festa deste ano recorda nos 200 anos de morte do primeiro santo brasileiro: “é morrendo que se vive para a vida eterna”.

Frei Leandro explica que, com as comemorações do bicentenário de morte de Frei Galvão, quer-se celebrar o aspecto de imortalidade de todo ser humano, pois a morte é apenas uma passagem para a vida plena em Deus. “Ao mesmo tempo, tem-se por objetivo denunciar todas as expressões de morte, de violência e de abreviação da vida, que muitas vezes contradizem ao projeto de Deus de que todos tenham vida em plenitude”.

Com o abrandamento da pandemia, espera-se uma participação mais intensa e significativa no bicentenário. A festa terá barracas com comidas típicas, shows, cinco missas ao longo do dia e procissão pela cidade.

Frei Leandro Costa / Foto: Arquivo Pessoal

O religioso lembra que há ensinamentos dos mais diversos a partir do olhar direcionado ao que viveu Frei Galvão, mas um ponto-chave é sua obediência. “Destacamos a obediência de Frei Galvão, sustentada pela humildade e perseverança. O conselho evangélico da obediência era algo estritamente observado pelo santo franciscano”.

As pílulas de Frei Galvão

No que diz respeito ao devocional ligado ao Frei Galvão e à prática piedosa, destacam-se as pílulas da fé. Este sacramental é muito procurado, observa Frei Leandro. Nestas pílulas, Frei Galvão louva Maria Santíssima, a Imaculada Conceição.

“A oração a ser feita nos nove dias forja no fiel o compromisso de ser um devoto da Imaculada Virgem Maria. Sendo assim, a devoção a Frei Galvão é, na verdade, uma vida que nos faz rezar e reconhecer a grandeza da Mãe de Jesus Cristo.”

As pílulas surgiram quando foi solicitada a presença de Frei Galvão para rezar por um doente, que estava quase para morrer. Impossibilitado de comparecer, Frei Galvão teve uma inspiração: escreveu num pedaço de papel uma frase do ofício de Nossa Senhora: “Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós”. O santo embrulhou o pequeno papel em forma de pílula e deu aos amigos do doente dizendo que ele tomasse aquilo em clima de oração, rezando o terço de Nossa Senhora. Mais tarde, espalhou-se a notícia da cura daquele doente.

Experiência pessoal

Frei Leandro afirma que a relação pessoal dele com Frei Galvão é de redescoberta. No período de sua formação religiosa, estudou acerca de sua vida, mas nada tão profundo. Contudo, estando em seu Santuário, a impressão que se dá é que os fiéis o conduzem a conhecê-lo com profundidade.

Para o Frei, as graças testemunhadas pelos fiéis o colocaram na busca de querer saber mais. Ou seja, revisitar os passos de Frei Galvão e ao mesmo tempo rezar com essa vida do santo que o encanta.

“Uma outra realidade que é despertada nesse contato com ele é a consciência que, literalmente, pisamos nos mesmos locais de seu apostolado. Em tempo e contexto diferentes, mas instigado a fazer o mesmo: anunciar o Reinado de Deus! Aí sou convidado a tomar aquela decisão evangélica: “procura pérolas preciosa”, nesse mesmo terreno que Frei Galvão trabalhou incansavelmente.”

A canonização

Frei Galvão era um homem de muita e intensa oração. Por isso, alguns fenômenos místicos em sua vida foram presenciados por testemunhas. Fenômenos como o dom da cura, dom de ciência, bi-locação, levitação foram famosos durante sua vida, sempre em vista do bem de doentes, moribundos e necessitados.

Em 25 de outubro de 1998, Galvão se tornou o primeiro religioso nascido no Brasil a ser beatificado. Em 11 de maio de 2007, o então Papa Bento XVI celebrou a missa de canonização de Frei Galvão em São Paulo, acompanhado por uma multidão de mais de um milhão de fiéis.

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