Em nome do Papa, a Esmolaria Apostólica do Vaticano realiza doações em favor dos mais pobres
Da redação, com Vatican News
Um trabalho silencioso, realizado todos os dias, em nome do Papa, em favor dos mais necessitados: esta é a atividade da Esmolaria Apostólica. Em 2018, o braço da caridade do Papa distribuiu 3 milhões e meio de euros aos pobres, para pagar contas e aluguéis. As ajudas chegam a todos, sem distinções.
Nas primeiras comunidades cristãs, eram os diáconos, em particular, que cuidavam dos pobres. Mais tarde os Papas, como bispos de Roma, confiaram a tarefa da caridade ao chamado Esmoler: este nome aparece pela primeira vez em uma Bula de Inocêncio III, no século XIII. A Esmolaria Apostólica nasceu formalmente neste período.
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Leão XIII, o Papa da primeira Encíclica social, a Rerum novarum (1891), confiou à Esmolaria a faculdade de conceder a Bênção Apostólica através de pergaminhos. O Papa Pecci denunciava as dramáticas condições da época e mobilizou toda a Igreja para que apoiasse os pobres criados pela Revolução Industrial. Graças aos recursos provenientes dos pergaminhos, além de outras doações, a Esmolaria ajuda, em nome do Papa, aqueles que passam por dificuldades.
Geralmente são os párocos de Roma e da Itália que escrevem ao Esmoler: eles indicam quem realmente precisa. O Esmoler envia ao pároco um cheque, e depois destina o valor a quem tem necessidade, acompanhado por um bilhete: “Doação do Santo Padre”.
A ajuda não passa por associações ou por várias entidades: chega diretamente à pessoa que o pároco considera em verdadeiro estado de necessidade. As contribuições que são enviadas a outros países, são solicitadas pelos Núncios espalhados por todo o mundo.
Um trabalho silencioso
A Esmolaria realiza todos os dias, em silêncio, sua atividade: sustenta refeitórios para os pobres; administra um ambulatório médico sanitário sob a Colunata de Bernini — dedicado à “Mãe da Misericórdia —, chuveiros e a barbearia para os sem-teto, além do dormitório na Via dei Penitenzieri, pertinho do Vaticano.
O atual Esmoler, cardeal Konrad Krajewski, é considerado “o braço da caridade do Papa”. Sua principal tarefa é, segundo o cardeal: “esvaziar a conta do Santo Padre para os pobres, segundo a lógica do Evangelho”.