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Dia de Oração e Jejum pelo Líbano: Cardeal Parolin leva conforto do Papa

Cardeal Parolin chegou a Beirute nesta quinta-feira, 3; reuniu-se com líderes religiosos e presidiu a Missa no Santuário de Harissa

Da Redação, com Vatican News

Dia de Oração e Jejum pelo Líbano acontece nesta sexta-feira, 4/ Foto: BBC Creative on Unsplash

O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, está no Líbano em nome do Papa Francisco para o Dia de Oração e Jejum pelo país realizado nesta sexta-feira, 4, convocado pelo próprio Pontífice. O purpurado chegou ao país nesta quinta-feira, 3, e reuniu-se com religiosos reunidos na Catedral Maronita de São Jorge em Beirute.

O cardeal recordou as palavras de Francisco na audiência geral da última quarta-feira, 2, quando foi anunciada a iniciativa: “Não deixem o Líbano sozinho! O Líbano precisa do mundo, mas o mundo também precisa daquela única experiência de pluralismo que é o Líbano”. 

A visita de Parolin se realiza um mês após a explosão no porto de Beirute que causou 220 mortos, 6 mil feridos e 300 mil deslocados. O purpurado lembrou que a iniciativa do Papa obteve consenso em “muitos países de todos os continentes”.

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“O nosso sofrimento pode nos ajudar a purificar as nossas intenções e fortalecer a nossa determinação de viver juntos em paz e dignidade, de lutar por um governo melhor que promova a transparência e a responsabilidade. Juntos podemos vencer a violência e todas as formas de autoritarismo, promovendo uma cidadania inclusiva baseada no respeito dos direitos e deveres fundamentais”, disse o Cardeal Parolin.

O purpurado pediu “para insistir com todos os líderes políticos libaneses, tanto os dos partidos tradicionais quanto os dos movimentos recém-formados, na promoção sincera e concreta dos talentos dos jovens, suas aspirações de paz e um futuro melhor”. Por fim, destacou os exemplos de solidariedade em toda Beirute: gestos que fortalecem a esperança para o futuro.

O Líbano não está sozinho

O Cardeal também presidiu a Missa no Santuário de Harissa. “Os libaneses reconstruirão o seu país com a ajuda de amigos e com o espírito de compreensão, diálogo e convivência que sempre os distinguiu”, afirmou. 

Os libaneses reconstruirão o seu país com a ajuda de amigos e com o espírito de compreensão, diálogo e convivência que sempre os distinguiu.
Cardeal Pietro Parolin

Ele lembrou as dificuldades do ano passado, marcado por várias tragédias, pela crise econômica, social e política, pela pandemia de coronavírus que piorou a situação e a trágica explosão no porto de Beirute, que causou uma terrível miséria. “É verdade que os libaneses estão vivendo momentos de aflição. Estão sobrecarregados, exaustos e frustrados. Mas eles não estão sozinhos”, disse o Secretário de Estado Vaticano.

Parolin lembrou a proximidade e a solidariedade do Papa Francisco e também a solidariedade tangível de muitos países. Olhando para a Palavra do Senhor que convida à esperança, o purpurado reiterou que Beirute se levantará de suas cinzas com o diálogo e a solidariedade, “com uma nova abordagem da gestão da Res publica”, com atenção particular ao bem comum que se baseia no respeito das leis, dos deveres, da transparência e da responsabilidade coletiva. Um futuro a ser escrito com a intercessão materna de Maria, Nossa Senhora de Harissa, para que, como disse o Papa, graças a ela “o perfume da convivência se difunda por toda a região do Oriente Médio”.

A coragem de recomeçar

Na última quarta-feira, durante a Audiência Geral, o Papa Francisco anunciou o Dia Universal de Oração e Jejum pelo país. Eis o que disse:

“Gostaria de convidar a todos a viver um dia universal de oração e jejum pelo Líbano, na próxima sexta-feira, 4 de setembro. Tenho a intenção de enviar o meu representante ao Líbano naquele dia para acompanhar a população. Nesse dia, o secretário de Estado irá em meu nome. E ele irá para expressar minha proximidade e solidariedade. Ofereçamos nossas orações por todo o Líbano e por Beirute. Estamos próximos também com o compromisso concreto da caridade, como em outras ocasiões semelhantes. Convido também os irmãos e irmãs de outras confissões e tradições religiosas a se unirem a esta iniciativa nas modalidades que considerarem mais adequada, mas todos juntos”.

Esperança é a palavra-chave para que o Líbano recomece em todos os âmbitos. Ele pediu aos políticos e líderes religiosos que olhassem para o bem comum e “se comprometessem com sinceridade e transparência no trabalho de reconstrução” e à Comunidade internacional para apoiar o país.

“Tenham coragem, irmãos! Que a fé e a oração sejam sua força. Não abandonem suas casas e sua herança, não deixem cair os sonhos daqueles que acreditaram no futuro de um país belo e próspero”.

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