Encontro sobre o Mediterrâneo será uma ocasião de compartilhar ideias e projetos concretos e terá a presença do Papa
Da Redação, com Vatican News
Desafios da região do Mediterrâneo serão abordados em encontro que terá a participação do Papa / Foto: Michelle_Raponi por pixabay
Nesta quarta-feira, 23, inicia-se o encontro dos bispos e prefeitos da região do Mediterrâneo em Florença, na Itália. O bispo auxiliar de Bagdá, Dom Basel Yaldo, afirma que será uma ocasião para compartilhar ideias e projetos concretos. Um dos assuntos abordados será sobre como evitar a fuga dos cristãos no Oriente Médio. A conferência que começa hoje terminará no domingo, 27, com a visita do Papa Francisco.
Sonhos e preocupações
O bispo auxiliar da capital iraquiana, juntamente com o Patriarca de Bagdá dos Caldeus, o Cardeal Louis Raphael I Sako, trará as preocupações e os sonhos do conturbado povo iraquiano.
“Nosso país está passando por um período muito difícil. Espero que este encontro possa realmente produzir bons resultados”, espera Dom Yaldo.
Confira abaixo a íntegra da entrevista produzida pelo Vatican News
Qual é a situação no Iraque atualmente?
Ainda não é estável. Os resultados das eleições foram aceitos, mas o governo não foi formado: ainda vai levar tempo porque, infelizmente, todo político quer comandar.
E depois há problemas relacionados à corrupção que complicam as coisas. Nós cristãos, no entanto, temos um bom relacionamento com todos. O Cardeal Sako está trabalhando para tentar chegar a um acordo entre todas as forças políticas.
Este encontro em Florença é a segunda edição do “Mediterrâneo, Fronteira de Paz”, que foi realizado há dois anos em Bari. Que resultados produziu a cúpula em Bari?
Ainda estamos trabalhando nesta frente, com um foco especial nos jovens cristãos: temos que dar-lhes soluções concretas para que eles não abandonem seu próprio país.
No próximo dia 5 de março completará um ano da histórica visita de quatro dias do Papa Francisco ao Iraque. Estão sendo planejados eventos comemorativos no país?
Sim, é claro. O Primeiro Ministro anunciou que será comemorado, no dia 6 de março, o Dia da Tolerância, porque, neste mesmo dia, há um ano, o Papa se encontrou com o Imã xiita Ali al-Sistani em Najaf, enquanto em Ur ele abraçou representantes de todas as religiões. Além disso, realizaremos uma conferência, para a qual convidaremos todas as autoridades civis, políticas e religiosas. Por fim, também planejamos um concerto e uma peregrinação com jovens até Ur dos Caldeus.
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