Paolo Vilotta afirmou que o Brasil é uma “árvore magnífica cheia de flores” para oferecer à Igreja beatos e santos conhecidos
Da redação, com CNBB
Na última quarta-feira, 7, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers, recebeu a visita do postulador de diversos processos de beatificação e canonização no Brasil, Paolo Vilotta. Ele foi o responsável pelo processo de canonização de Santa Dulce dos Pobres e o de beatificação de Isabel Cristina Mrad Campos.
Vilotta partilhou com Dom Ricardo como têm sido frutuosos os processos de beatificação e canonização no Brasil. Para ele, a visita foi importante também pela oportunidade de conhecer o novo secretário-geral e agradecer pelo apoio da Conferência dos Bispos.
A visita foi ocasião de, segundo Vilotta, levar novas propostas, novas possibilidades que, a partir da CNBB, “podem ter uma ressonância maior também no Brasil, na forma de unidade nacional”. Exemplo disso é o trabalho da Comissão Especial para a Causa dos Santos criada pela CNBB para acompanhar os processos em curso.
Árvore cheia de frutos
Para o postulador, o Brasil é uma “árvore magnífica cheia de flores” para oferecer à Igreja beatos e santos conhecidos. Ele explica, no entanto, que “toda terra tem santos” e que a causa, o processo, é o meio pelo qual a Igreja torna possível fazer conhecer este santo.
“A causa não cria o santo, a causa cria um inquérito, um estudo sobre a pessoa para acertar que foi concorde a uma lei canônica, ao Evangelho para trazer conhecimento para todo mundo, e esse que é o fruto. O Brasil está nessa árvore magnifica cheia de flores”, explicou.
Paolo Vilotta está entre os diversos postuladores de causas de beatificação e canonização. Eles são representantes dos atores da causa, representando no nível diocesano e no nível romano. Há um reconhecimento de alguns postuladores perante o Dicastério para a Causa dos Santos. E estes podem também tratar dos assuntos nos outros dicastérios que precisam de esclarecimento sobre o candidato.
Sobre os processos e a proximidade com as dioceses, ele explica que a grande responsabilidade está com cada bispo competente: “ele deve fazer o inquérito, uma pesquisa de toda essa fama de santidade que ele [candidato] tem, pelo menos o início. Depois, passa para a fase romana, mas o coração é na diocese, na congregação religiosa”.