QUARESMA

"Cinzas nos remetem a um desejo de conversão", afirma sacerdote

Quaresma tem início nesta quarta-feira, 5 e se estenderá até a Semana Santa; saiba mais sobre o sentido deste tempo litúrgico na Igreja

Fernanda Lima
Da Redação

Momento da imposição das cinzas durante liturgia que marca início da Quaresma / Foto: Reprodução TV Canção Nova

Um tempo mais intenso de penitência e oração. A Quarta-feira de Cinzas, neste dia 5, marca o início da Quaresma na Igreja, período de 40 dias no qual os católicos realizam a preparação para a Páscoa, a mais importante festa do calendário litúrgico cristão, pois celebra a ressurreição de Jesus.

Esse período que se encerra na quarta-feira da Semana Santa convida os fiéis a uma profunda reflexão da Palavra de Deus e a intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, a penitência é “uma reorientação radical da vida por inteiro, um regresso, uma conversão a Deus de todo o coração, que comporta uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal” (n. 1.431).

Padre Leonardo Ribeiro / Foto: Arquivo pessoal

O sacerdote e missionário da Comunidade Canção Nova, padre Leonardo Ribeiro, explica o sentido deste tempo litúrgico. “A partir da Quarta-feira de Cinzas, iniciamos um tempo favorável à conversão. Esta data nos ajuda a perceber as faltas que cometemos e a reconhecer, diante de Deus, quem realmente somos”, expressou.

Jejum, oração e caridade

Padre Leonardo ressalta três práticas importantes que a Igreja propõe aos fiéis nesse tempo. “O jejum, a oração e a caridade precisam realizar em nós um movimento que não seja apenas externo. É preciso assumir essas práticas com um firme propósito de mudança interior”, afirmou.

O sacerdote recorda que os cristão também são chamados a oferecer outros tipos de penitência, mas é importante fazer um bom discernimento antes de colocá-las em prática. “É preciso, antes de tudo, rezar, viver o recolhimento e colher do coração de Deus aquilo que Ele quer. Não é sobre apenas escolher uma penitência da nossa própria cabeça”, salientou.

“O que adianta deixar de comer doces ou outro alimento e não parar de murmurar e falar mal das pessoas? Tornam-se práticas vazias. É necessário colher do coração de Deus a penitência que verdadeiramente me fará colher frutos concretos de conversão e que a própria Quaresma nos propõe neste tempo”, concluiu.

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