Arcebispo de Esztergom-Budapeste e Primaz da Hungria faz balanço da 41ª viagem apostólica de Francisco que terminou neste domingo, 30
Da redação, com Vatican News
O povo húngaro gritou “Papa Francisco, nós te amamos” em várias ocasiões nos últimos dias, e assim fizeram porque “ele, aqui na Hungria, representou Cristo para todos nós”. Com essas palavras, o arcebispo metropolitano de Esztergom-Budapeste e Primaz da Hungria, Cardeal Péter Erdő descreveu a viagem apostólica do Papa, que terminou neste domingo, 30.
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Três dias repletos de eventos, de momentos emocionantes, incluindo a oração de Francisco “diante do ícone de Nossa Senhora na Basílica de Esztergom”. O purpurado refletiu também sobre a mensagem de paz trazida pelo Bispo de Roma, cuja construção é uma tarefa pela qual “somos responsáveis perante Deus”.
Visita relâmpago e desejo de visitar a Hungria
“Essa viagem apostólica foi um impulso de graça. Nós, húngaros, estávamos esperando por ela, porque há dois anos o Papa fez uma visita relâmpago a Budapeste para participar da missa de encerramento do Congresso Eucarístico Internacional.” O Cardeal Péter recordou que, imediatamente, ao voltar da Eslováquia para Roma, o Papa expressou seu desejo de retornar à Hungria e disse sentir que essa foi uma visita verdadeiramente pastoral:
“Ele veio até nós, encontrou-se conosco e trouxe a Palavra de Cristo. Tivemos dois meses para nos preparar, um período curto que também coincidiu com a Páscoa”. O cardeal afirmou que tentaram organizar tudo da melhor forma possível e as pessoas responderam à caridade pastoral do Papa, que foi recebido com muito carinho. “Eles gritaram ‘Papa Francisco, nós te amamos’, sentimos que ele representa Cristo entre nós.”
Momento especial
Quando questionado se haveria algum momento em especial que o Papa iria guardar no coração, o pupurado respondeu que, dentre vários, um em particular foi ao encontro com as pessoas na Praça Kossuth antes da Santa Missa. “No momento, o Papa deu uma volta de carro entre os fiéis, e muitos queriam que ele abençoasse as crianças, e ele demonstrou carinho, beijou-as na testa. As pessoas ficaram muito felizes”, comentou.
O outro momento foi no final da missa, quando o Papa quis rezar diante do ícone de Nossa Senhora, um ícone milagroso que é mantido na Basílica de Esztergom. A história do ícone remete à época da libertação da cidade, pois foi encontrado nas ruínas da catedral.
“Ele se tornou um objeto de veneração e muitos milagres aconteceram em frente a esse ícone. O Santo Padre pediu novamente a Maria que voltasse seu olhar para os povos russo e ucraniano,” disse o cardeal explicando que o Papa foi ao país como um peregrino da paz.
A Igreja na construção da paz
Por fim, quando indagado sobre como a Igreja pode contribuir para a construção da paz, o Cardeal Erdő disse que primeiro a Igreja reza, pois para todo cristão o sentimento de paz está sempre vivo.
“Somos responsáveis por isso diante de Deus, não podemos pensar apenas em nossos próprios interesses. Se somos todos filhos de Maria, somos todos irmãos e irmãs, e é essencial lembrar disso.”
O arcebispo afirmou que a Igreja é muito ativa, e recordou que, no ano passado, na Hungria, foi feito de tudo para acolher um milhão e meio de refugiados: “organizamos alojamento e alimentação, oportunidades de emprego, educação em diferentes idiomas, já que alguns falavam húngaro, outros ucraniano e outros russo. Na igreja de Santa Isabel, o Papa se encontrou com alguns desses refugiados.