EM ENTREVISTA

Cardeal Parolin confirma ida à COP 28 e lamenta ausência do Papa

Em breve fala aos jornalistas antes de evento em Roma, secretário de Estado do Vaticano afirmou que Santa Sé estuda modalidades de participação no evento

Da Redação, com Vatican News

Foto: Reprodução Youtube

Antes de um evento na Câmara dos Deputados em Roma, o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin falou com alguns jornalistas. Entre os temas citados, ele comentou o estado de saúde atual do Papa Francisco e a participação da Santa Sé na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP 28).

O Pontífice viajaria, entre 1º e 3 de dezembro, para participar da conferência, mas cancelou a ida para Dubai por conta da gripe e da inflamação pulmonar que contraiu. Atualizando a situação do Santo Padre, Parolin afirmou que ele segue se recuperando, mas “não quis se expor a riscos, de acordo com a indicação dada pelos médicos”.

Participação da Santa Sé na COP 28

O cardeal acredita que o Papa fez essa escolha para evitar um agravamento, a fim de “se recuperar o mais rápido possível”. Ele adicionou que, diante da ausência de Francisco na COP 28, a Santa Sé está estudando as “modalidades” de participação no evento global.

“Normalmente, eu participo de todos eles, começando pela COP de Paris (em 2015) e todas as COPs, então, acho que, desta vez, também irei”, citou o secretário. Ele também lembrou que há uma delegação que ficará em Dubai durante as duas semanas inteiras de trabalho, enquanto ele, possivelmente, participará apenas da primeira parte do evento.

Dentre os presentes nesta comitiva vaticana, Parolin citou o prefeito do Dicastério para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot. Ele será responsável pelas questões ligadas ao diálogo inter-religioso, incluindo a assinatura de um documento, prevista para 3 de dezembro, por ocasião da inauguração do Pavilhão da Fé, na Expo City.

Esforços políticos

Na sequência, o purpurado lamentou a ausência de Francisco, principalmente em relação aos encontros bilaterais agendados para o sábado, 2. “Havia muitas personalidades políticas que pediram para ver o Papa”, revelou, reiterando que “já é um bom sinal o fato de haver tantas pessoas que pediram para ver o Papa”. “É uma pena que não seja possível”, expressou.

Por fim, o secretário comentou que pede o compromisso das instituições em criar a paz e, acima de tudo, a educação. “Trabalhar em favor da educação e das novas gerações, no sentido de colocar a política a serviço da sociedade. Portanto, a dimensão do serviço é fundamental”, concluiu.

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