Religiosos da África Oriental encerraram reunião consultiva no Quênia com compromisso renovado para salvaguardar menores e adultos vulneráveis
Da redação, com Vatican News
Associação dos Bispos Membros das Conferências Episcopais da África Oriental (AMECEA) quer proteger os menores e vulneráveis / Foto: Roman Nguyen – Unsplash
No final de uma reunião consultiva de quatro dias realizada em Nairobi, Quênia, representantes da Associação dos Bispos Membros das Conferências Episcopais da África Oriental (AMECEA) reafirmaram seu firme compromisso em proteger as crianças e os adultos vulneráveis.
Os líderes da AMECEA enfatizaram seu papel como administradores a quem foi confiado o cuidado de toda a criação, inspirando-se nas Escrituras. Destacaram a importância das crianças, reconhecendo-as como “uma dádiva de Deus” e como uma parte significativa da população dos países da África Oriental.
Leia também
.: Papa reza pelas famílias vítimas da chuva no Quênia
“Ecoamos o sentimento do Papa Francisco de que uma sociedade que negligencia os seus idosos e as suas crianças não tem futuro”, afirmou o Bispo Charles Kasonde de Solwezi, Zâmbia, e Presidente da AMECEA para a Salvaguarda. “A Igreja na região AMECEA reconhece os desafios enfrentados pelas crianças, incluindo a pobreza, o abuso e a exploração. Estamos empenhados em criar um refúgio seguro para todos dentro da Igreja”.
O encontro, que terminou nesta quinta-feira, 4, reuniu responsáveis da AMECEA e da Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores (PCPM) para discutir estratégias de proteção das crianças.
Planos e novas políticas
O plano para o futuro enfatiza a criação de um ambiente seguro dentro da Igreja para crianças e adultos vulneráveis. Inclui a revisão e atualização das políticas de salvaguarda para alinhamento com as melhores práticas e as diretrizes do PCPM. Além disso, a Igreja trabalhará para preencher lacunas de conhecimentos e competências entre o clero, equipe técnica e afiliados por meio de programas de formação.
Os bispos da AMECEA reconheceram o impacto duradouro do abuso sobre os sobreviventes e prometeram o seu apoio à Iniciativa Memorare, que oferece aconselhamento, orientação espiritual e serviços de resgate.
Os relgiosos enfatizaram a escuta dos sobreviventes, a validação das suas experiências e a garantia do acesso à justiça e à cura.
O compromisso dos Bispos estende-se à transparência e à responsabilização. A Igreja operará dentro do quadro legal e envolverá activamente as comunidades através de workshops e campanhas para aumentar a consciencialização e promover uma cultura de vigilância e cuidado.
A declaração final do bispo Kasonde exortou todos os membros da comunidade a unirem-se na salvaguarda das crianças e adultos vulneráveis.
A região AMECEA abrange conferências na Eritreia, Etiópia, Quénia, Malawi, Sudão do Sul, Sudão, Tanzânia, Uganda e Zâmbia.
Notícias Relacionadas
'Comunidade internacional deveria se unir pela África', afirma Parolin
O papel das Congregações Religiosas com a saúde na África
Ásia e África registram redução de taxa de mortalidade infantil
Comissão arrecada livros de Teologia para seminário de Guiné-Bissau
Comunidade Canção Nova está presente em Moçambique, na África
