PEDIDO DE PAZ

Bispos apelam por Cabo Delgado e pedem o fim da violência

De acordo com a Conferência Episcopal de Moçambique, 500 mil pessoas se encontram deslocadas por conta da guerra e da pandemia

Da redação, com Agências Fides

Francisco saúda autoridades de Moçambique no Aeroporto de Maputo / Foto: Reprodução Vatican News

“Expressamos nossa proximidade fraterna aos irmãos e conterrâneos de Cabo Delgado e asseguramos-lhes a nossa oração constante na esperança de encontrar caminhos de diálogo que facilitem o fim do terrível conflito e do drama humanitário”, afirmam os membros da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) ao final da Assembleia Plenária realizada em Maputo, na semana passada.

No comunicado, os bispos se definem como Pastores que se esforçam por viver e testemunhar a esperança nestes tempos de grande tribulação para o rebanho que lhes foi confiado, causada, por um lado, pela pandemia global do coronavírus e, por outro , pela guerra de Cabo Delgado (que já causou mil mortes e deixou 400 mil deslocados), bem como outras formas de violência, sequestros, crimes e violações dos direitos humanos que, infelizmente, continuam a crescer na sociedade moçambicana.

A Conferência Episcopal recorda a solicitude e os gestos concretos do Papa Francisco para com as populações moçambicanas, sublinhando a importância da educação a todos os níveis para aumentar o desenvolvimento social, bem como a urgência de recuperar a memória histórica de Moçambique para alcançar um verdadeiro caminho de reconciliação nacional. “É responsabilidade de todos — sublinham os religiosos — trabalhar para sair das crises atuais”.

Quase 500 mil pessoas foram deslocadas na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, por conta das ações dos milicianos islâmicos que tiveram início em outubro de 2017, de acordo com os últimos dados do primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo